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Mariana D’Andrea quebra recorde paralímpico e faz história

Mariana D’Andrea ergeu o maior peso já levantado no supino entre todas as categorias no feminino. Fim de semana teve mais quebras de marcas nacionais

Mariana D'Andrea halterofilismo Jogos Paralímpicos Tóquio
Ale Cabral / CPB

A paulista Mariana D’Andrea quebrou duas vezes o recorde brasileiro paralímpico na categoria até 67kg neste sábado (13).  Foi durante a etapa Rio-Sul do Circuito Brasil Loterias Caixa, na Universidade Positivo, em Curitiba. A competição serviu de preparação para os Jogos Parapan-Americanos.

A primeira quebra ocorreu na segunda tentativa quando Mariana D’Andrea (Aesa-Itu) ergueu 117 quilos, um a mais que o recorde anterior, também dela. Na terceira tentativa, levantou 119kg para confirmar o ouro. Viviane Silvestre (CFB) levantou 69 kg. Maria de Fátima de Castro (Adefa) fechou o pódio com 68kg erguidos.

Aos 21 anos, Mariana D’Andrea alcançou também outro recorde: o maior peso levantado no supino entre todas as categorias de peso do halterofilismo feminino no Brasil. “Foi o que eu planejei fazer, eu treinei para levantar este peso. Estou muito orgulhosa de ter cumprido a minha meta”.

Para Valdeci Lopes, técnico da Aesa-Itu e da Seleção Brasileira, o foco e a concentração nos treinamentos e competições são alguns dos diferenciais de Mariana.

Em 2018, ela conquistou o ouro e estabeleceu o recorde das Américas júnior de sua categoria. Em março deste ano, ela também garantiu o lugar mais alto do pódio na Copa do Mundo de Dubai.

“Mariana tem uma ótima estrutura física para o halterofilismo. Os braços, apesar de encurtados, são bem fortes, as mãos também. Ela tem o busto avantajado e é leve”, disse Valdeci Lopes.

Mais recorde

O paulista Giliardi Chud também quebrou recorde brasileiro, na categoria acima de 107 quilos. Ele suportou 195 quilos na barra, batendo a marca anterior de 193 quilos dele mesmo, alcançada há um mês, na etapa de João Pessoa. “Eu sou capaz de levantar mais de 200 quilos, mas vamos aos poucos”, disse o atleta da APNH, de São Paulo.

Entre as mulheres, a mineira Maria Rita de Oliveira, 20, também bateu seu próprio recorde brasileiro júnior na categoria até 86 quilos, com 80 quilos na barra. A atleta da CDDU, de Uberlândia, Minas Gerais, superou sua própria marca, alcançada em março, na etapa Norte Nordeste do Circuito Loterias Caixa, em João Pessoa. Na oportunidade, suportou 77 quilos. “Eu queria chegar a 86 quilos, mas senti que hoje não seria o dia ideal”, explicou.

Giliardi Chud (foto: Alê Cabral/CPB)

Na parte da tarde da competição, o campeão paralímpico Evânio Rodrigues (Aesa-Itu) venceu na categoria até 97kg ao levantar 196 kg. Ele ficou a frente de Rodrigo Marques (CDDU – Uberlândia) que ergueu 185kg e Vitor Afonso (Apan-RN) que levantou 166kg.

Esta é a segunda etapa nacional do halterofilismo no Circuito Brasil Loterias Caixa. A primeira ocorreu em João Pessoa, na Paraíba, em março. Organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, é o mais importante evento paralímpico nacional de atletismo, halterofilismo e natação.

Composto por quatro fases regionais e duas nacionais, tem como objetivo desenvolver as práticas desportivas em todos os municípios e estados brasileiros, além de melhorar o nível técnico das modalidades e dar oportunidades para atletas de elite e novos valores do esporte paralímpico do país. Em 2019, as disputas das fases nacionais serão separadas por modalidade – haverá ainda um Campeonato Brasileiro de cada esporte.[tps_header][/tps_header]

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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