Em qualquer grande competição esportiva, as projeções de resultados fazem a alegria dos fãs. Todo mundo adora prever (e até apostar uma graninha) qual será o resultado do jogo de um time ou seleção. Em época de Jogos Olímpicos, isso vira uma febre. Não faltam previsões e prognósticos, alguns certeiros, outros totalmente furados. No final de janeiro, a empresa de estatística Gracenote, subsidiária da Nielsen, divulgou a última projeção de seu tradicional Quadro de Medalhas Virtual para os Jogos Paris-2024. Para o Brasil, tem uma boa e uma má notícia.
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Pelo estudo da Gracenote, o Time Brasil conseguirá na próxima Olimpíada superar o recorde de medalhas de ouro em uma única edição: nove. Ou seja, duas a mais do que as obtidas no Rio-2016 e Tóquio-2020. Estes são os melhores resultados do país até hoje em medalhas douradas. Em compensação, prevê que veremos menos pódios brasileiros no total do que em 2021: seriam 19 medalhas pela estimativa da empresa de estatística em Paris, contra 21 que foram conquistadas em Tóquio. O Brasil deve seguir fora do top 10, caindo uma posição (de 12º para 13º).
Se existe algum consolo, é que a “margem de erro” das projeções da Gracenote para o Brasil costumam ser para cima. Para Tóquio-2020, a previsão era de 20 medalhas (5 de ouro, 5 de prata e 10 de bronze) e 17º no quadro. No final, foram 21 pódios (7 ouros, 6 pratas e 8 bronzes) e 12º lugar na classificação.
Sem surpresas na liderança
No top 10, nenhuma grande surpresa. Os Estados Unidos certamente deverão liderar com folga pelo total de medalhas (129). Em compensação, terão uma disputa acirrada com a China na briga pelos ouros (37 dos americanos contra 35 dos chineses). A Grã-Bretanha se consolidará como a terceira força olímpica, aproveitando a ausência da Rússia, banida por causa da Guerra da Ucrânia. A projeção de resultados da França prevê um desempenho espetacular dos anfitriões, que devem terminar na quinta colocação, com 26 ouros e 53 medalhas no total.
Ouro histórico de Bob Beamon é leiloado
Protagonista de um dos momentos mais icônicos das Olimpíadas, o americano Bob Beamon, campeão olímpico do salto em distância dos Jogos da Cidade do México-1968, colocou sua medalha de ouro à leilão. No último dia 1º, a medalha de Beamon foi arrematada por US$ 441 mil (R$ 2,19 milhões), na casa de leilões da Christie’s, em Nova York.
O feito de Beamon ficou marcado pelo seu incrível recorde mundial cravado na prova. Com apenas 22 anos naquela ocasião, ele não estava cotado entre os favoritos da final, disputada no dia 18 de outubro. Logo na primeira tentativa, pulou tão longe que os fiscais demoraram quase meia hora para confirmar a marca de 8,90 m. Um recorde mundial que durou 23 anos, só sendo superado em 1991, por Mike Powell.
Ao contrário do que já ouvimos em casos semelhantes de leilões de objetos esportivos históricos, Bob Beamon não se desfez de sua medalha por motivos financeiros. “Gostei muito de ficar com esta medalha por 55 anos, mas chegou o momento de alguém também aproveitar. As lembranças daquele dia são maravilhosas”, disse Beamon.
Olímpicas
Torcida britânica em peso
Faltam menos de seis meses para os Jogos de Paris-2024. Com boa parte dos ingressos tendo sido comercializados, já é possível saber que depois dos franceses, a torcida mais numerosa nas arenas e estádios será a britânica. Em entrevista à BBC Sport, Ethiene Thobois, diretor-geral do Comitê Organizador de Paris-2024, disse que cerca de meio milhão de ingressos foram vendidos para torcedores da Grã-Bretanha, mais do que qualquer outro país. “Não sei se eles esperam um ótimo desempenho nos Jogos. Estamos entusiasmados em recebê-los”, disse o dirigente.
Salário sob suspeita
O presidente do Comitê Organizador dos Jogos Paris-2024, Tony Estanguet, vive dias conturbados desde a última terça-feira (6). Segundo a agência AFP, ele está sendo alvo de uma investigação por membros do judiciário francês especializados em crimes financeiros. O motivo seria seu salário anual de US$ 290 mil (R$ 1,4 milhão). Pela apuração da AFP, o valor pago deveria ser inferior, como consta no estatuto do comitê. Já o dirigente teria criado uma empresa que cobra serviços “não comerciais” ao próprio comitê que dirige. Estanguet foi três vezes campeão olímpico de canoagem slalom, em Sydney-2000, Atenas-2004 e Londres-2012.
Riner está de volta!
Nove meses depois de sua última competição, no Mundial de Doha (QAT), a lenda do judô Teddy Riner deu um recado bem claro aos rivais no último domingo (4), após vencer pela oitava vez o Grand Slam de Paris: está de volta e pronto para buscar o tetracampeonato olímpico. É verdade que aos 34 anos, Riner não tem mais a mesma superioridade que antes sobre os adversários. Tanto que ele sofreu na semifinal para bater o uzbeque Alisher Yusupov, atual nº 3 do mundo. O francês, 9º no ranking da IJF (Federação Mundial de Judô), está otimista. “Não estou na minha melhor forma, mas faltam seis meses e dá tempo para me aprimorar”, disse Riner.
A FRASE
“Espero que a medalha vá para alguém que entenda a importância de uma conquista esportiva”
Bob Beamon, campeão olímpico do salto em distância dos Jogos da Cidade do México-1968, quando também bateu o recorde mundial que durou 23 anos