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Fofão abrirá um caminho fundamental para o vôlei brasileiro

Ao ser escolhida para comandar a seleção brasileira sub-17, campeã olímpica dá às mulheres um espaço merecido na CBV

Fofão com uma camiseta da CBV na foto. Ela irá assumir a seleção feminina sub-17 de vôlei
Fofão, a primeira mulher a comandar uma seleção brasileira de vôlei (Divulgação/CBV)

Quebrar recordes não é nenhuma novidade para Fofão. Ouro em Pequim-2008, além dois bronzes (Atlanta-1996 e Sydney-2000), a ex-levantadora é a brasileira com o maior número de participações olímpicas no vôlei de quadra, cinco no total. Pois bem, na última sexta-feira (17), Fofão acrescentou mais um feito inédito no currículo. Ela será a primeira mulher a comandar uma seleção brasileira de vôlei, no caso a equipe feminina sub-17.

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Nesta nova categoria, criada recentemente pela FIVB (Federação Internacional de Voleibol), Fofão terá como primeiro desafio a disputa do Sul-Americano. O torneio vale vaga para o Mundial da categoria, ambos marcados para este ano.

Vale registrar que esta não é a primeira experiência de Fofão dentro da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei). Ela já foi coordenadora das categorias de base do Brasil, além de ter formação de treinadora feita dentro da entidade.

Conquista significativa

Talvez o que torne a conquista de Fofão ainda mais significativa foi que aconteceu justamente dentro da CBV. Uma entidade que, convenhamos, não tem lá um histórico muito democrático fora das quadras.

É só recordarmos os famosos regulamentos da Superliga, que puniam eventuais críticas de atletas a qualquer coisa sobre o torneio. Ou a inacreditável decisão de levar à julgamento Carol Solberg, do vôlei de praia, por ter manifestado publicamente sua posição contrária ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Fofão, a partir de agora, abrirá espaço para que outras mulheres possam ocupar posições de comando no segundo esporte mais popular do Brasil. Algo que elas já deveriam ter há muito tempo, diga-se de passagem..


Diversificar para evoluir

Um dos segredos que torna um país multimedalhista em Jogos Olímpicos é conseguir conquistar pódios no maior número possível de modalidades. Pois o fato é que neste ciclo para Paris-2024, o Brasil vem seguindo à risca esta receita, pelo que se viu nas últimas semanas.

Neste domingo (19), por exemplo, um resultado inédito bastante animador veio na ginástica trampolim, com a medalha de ouro de Camilla Gomes no trampolim individual da etapa de Baku (Azerbaijão) da Copa do Mundo. Nunca o Brasil havia conquistado um resultado deste tamanho. Mas não foi só isso.

Nas últimas duas semanas, outros resultados inéditos foram alcançados por atletas brasileiros mundo afora. Como Nathalie Moellhausen, da esgrima, que derrotou adversárias fortíssimas e levou o título em duas etapas da Copa do Mundo. Ou no tiro com arco, que agora conta com um brasileiro como atual líder do ranking mundial: Marcus D’Almeida, que assumiu a ponta da lista da World Archery no início de fevereiro, ao vencer o torneio The Vegas Shoot.

É multiplicando suas possibilidades que o Brasil conseguirá se manter na primeira prateleira do quadro de medalhas na próxima Olimpíada.

OLÍMPICAS

A saga do Corinthians

Um dos únicos times de fora do eixo Rio-São Paulo a ter sido campeão brasileiro masculino de basquete, ao lado do Vila Nova-GO, o Corinthians de Santa Cruz do Sul-RS, que ficou 19 anos fora da divisão de elite da modalidade, retornou ao NBB em 2021 e teve esta saga contada em livro escrito pelo jornalista Guilherme Mazui Roesler. Autor de “Corinthians de Ary Vidal”, que mostrou a trajetória do treinador no comando do time gaúcho na campanha do título de 1994, Roesler traz agora em “7 Mil Dias – a volta de Santa Cruz do Sul à elite do basquete” todo o longo processo de reconstrução para colocar o União Corinthians (novo nome da equipe) no principal torneio do basquete nacional. O livro será lançado nesta quarta-feira (22), no Flâmula Sports Bar, em Santa Cruz do Sul, às 19h30.

Recordes no atletismo

O final de semana foi marcado por dois recordes mundiais espetaculares no atletismo. Primeiro, no sábado (18), com o americano Ryan Crouser cravando 23,38 m no arremesso de peso, em uma prova em Idaho (EUA). Ele superou em um centímetro a marca que já era sua, obtida nas seletivas américas para a Olimpíada de Tóquio, em 2021. O outro grande recorde veio com a holandesa Femke Bol, que quebrou uma marca que já durava quase 41 anos, ao marcar 49s26 na prova dos 400 m indoor (pista coberta), durante o Campeonato Holandês, em Apeldoorn. Ela pulverizou o antigo recorde da tcheca Jarmila Kratochvilovs, que se mantinha de pé desde março de 1982.

Mundial esvaziado?

A provável presença de atletas da Rússia e Belarus no próximo Campeonato Mundial feminino de boxe, previsto para a cidade de Nova Délhi, na Índia, em março, segue aumentando sua lista de boicotes. Suíça e Holanda anunciaram neste domingo (19) que não enviarão suas boxeadoras. Também deverão desfalcar a competição as equipes dos Estados Unidos, Irlanda, Grã-Bretanha, República Tcheca, Suécia e Canadá. A situação só enfraquece a posição da IBA (Associação Internacional de Boxe), que já foi descartada pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) para organizar a competição nos Jogos de Paris-2024.


A FRASE

Estou no momento certo da minha carreira para aceitar esse cargo. É importante termos cada vez mais mulheres nas comissões técnicas”

Fofão, ex-levantadora e campeã olímpica em Pequim-2008, nova treinadora da seleção feminina sub-17 e primeira mulher a comandar uma equipe feminina do Brasil


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