A noite deste sábado (9) entrará para a história do São Paulo FC e não foi graças ao futebol. Pouco mais de três anos depois de ter sido criado, o time masculino de basquete do Tricolor do Morumbi festejou a conquista da BCLA (Basketball Champions League Americas), a Liga das Américas, o mais importante torneio de clubes da modalidade no continente. O triunfo, obtido em uma incontestável vitória por 98 a 84 sobre o Biguá (URU) e a grande repercussão pela conquista mostram que os clubes de futebol do Brasil deveriam prestar mais atenção no potencial de outros esportes, em especial os olímpicos.
E olha que no caso do São Paulo, há uma enorme tradição de emprestar sua camisa para atletas campeões de outras modalidades. Para quem não sabe, simplesmente Adhemar Ferreira da Silva foi homenageado com as duas estrelas douradas que adornam o escudo tricolor, em razão dos recordes mundiais no salto triplo na Olimpíada de Helsinque-1952 e nos Jogos Pan-Americanos da Cidade do México-1955.
Os incautos torcedores do São Paulo que criticam os gastos com a manutenção do basquete no clube provavelmente nunca ouviram falar de Adhemar. Se ouviram, não dão o menor valor para o atleta olímpico mais importante do Brasil, o primeiro bicampeão olímpico do país. Estes mesmos monoglotas esportivos devem desconhecer que Éder Jofre, o maior boxeador brasileiro de todos os tempos, ganhou seus dois títulos mundiais (peso galo e peso pena) como atleta do São Paulo.
Investimento com retorno certo
O ganho de imagem que o São Paulo terá com esta conquista é enorme, não duvidem disso. Na atual temporada, o clube já festejou o título paulista e faz ótima campanha no NBB.
A conquista da BCLA colocará a equipe no caminho da disputa da Copa Intercontinental em 2023, tendo como maior adversário o futuro campeão da Champions League da Europa e mais três equipes de outros continentes. E quem sabe, ganhar o título que o Flamengo faturou este ano. Não por coincidência, trata-se de um dos clubes de futebol que mais dá apoio aos esportes olímpicos no país.
Para quem acha dinheiro jogado fora, gostaria de lembrar que Rebeca Andrade, que se tornou o xodó do Brasil com o ouro e a prata conquistas em Tóquio-2020 na ginástica artística, é atleta do Flamengo.
Outros clubes de futebol também apoiam atletas de outras modalidades, é verdade. Como esquecer a vitoriosa parceria do Cruzeiro com o Sada, no vôlei masculino e que tantos títulos já rendeu? Mas faltam mais projetos. Custa dinheiro, mas basta ter a mente aberta e trabalhar com inteligência que o retorno virá. Seja com conquistas, novos ídolos e ou ajudando seus torcedores a aumentar sua cultura esportiva.
Olímpicas
Marco histórico – Termina neste domingo (10) a etapa de abertura da Copa do Mundo de ciclismo mountain bike, realizada em Petrópolis. Trata-se de um marco para a história da modalidade no Brasil. Há 17 anos que o país estava fora do calendário internacional da UCI (União Ciclística Internacional). Impulsionada por uma torcida empolgadíssima com a presença do ídolo brasileiro Henrique Avancini, a etapa de Petrópolis será um ponto de virada para o ciclismo MTB no país. A elite feminina do cross country olímpico (XCO) largará às 11h20, enquanto a prova masculina será às 14h35. Vale acompanhar.
O coração do Pan de Santiago-2023 – Impressionam as imagens de computação gráfica do principal polo esportivo do Pan-Americano de Santiago-2023. O Parque Deportivo Estádio Nacional, localizado no distrito de Nuñoa, passa por profundas reformas para receber nove estruturas que abrigarão competições, a um custo de US$ 120,7 milhões. Pelas projeções, ficará sensacional.
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