A delegação da Holanda que participará da Olimpíada de Inverno Pequim-2022, a partir de 4 de fevereiro, recebeu uma inusitada orientação do comitê olímpico do país. Os cerca de 30 atletas, além de treinadores e outros funcionários que viajarão à China, foram aconselhados a deixar em casa celulares e laptops. O motivo seriam um receio de sofrerem espionagem o ataque cibernético durante os Jogos. A informação é do jornal holandês “Volkskrant”.
É quase surreal, em uma era na qual todas as pessoas ficam praticamente conectadas online 24h por dia, sugerir a alguém ficar longe de seu celular para evitar ter seus dados roubados por um hacker. Ainda mais em um evento como os Jogos de Pequim-222. De qualquer forma, os dirigentes da Holanda acreditam que a recomendação é válida.
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“A importância da segurança cibernética cresceu demais ao longo dos últimos anos, isso é indiscutível. O problema é que a China fechou completamente sua internet, o que torna este caso ainda mais específico”, afirmou Geert Slot, porta-voz da Federação Holandesa de Esportes (NOC*NSF).
A China é bastante criticada por entidades que defendem os direitos humanos por não respeitar as liberdades individuais. Além disso, o país exerce uma forte censura à internet, bloqueando o acesso a sites como YouTube e Google. Em 2019, por exemplo, o governo chinês promoveu mais de 60 restrições online, removendo conteúdos que considera ilegais.
Mas isso quer dizer que os holandeses que competirem em Pequim-2022 estarão privados de compartilhar em suas redes sociais seus momentos especiais nos Jogos? Não, calma lá! Tanto atletas quanto os demais integrantes da delegação da Holanda receberão dispositivos alugados para navegar tranquilamente e assim proteger seus dados pessoais de possíveis hackers durante a estadia na China.