O COI (Comitê Olímpico Internacional) reconheceu que ainda é muito grave a situação da comunidade olímpica do Afeganistão após a retomada do poder pelo grupo radical Talibã em agosto. A maior preocupação diz respeito à integridade de mulheres e meninas esportivas. Elas seriam o principal alvo do novo governo, que faz uma interpretação retrógrada das leis islâmicas
Embora tenha trabalhado junto com organizações de direitos humanos para a retirar cerca de 300 pessoas do Afeganistão, a situação segue crítica. O COI estima que ainda existam em torno de 700 pessoas entre atletas, treinadores e outros que apoiam a presença feminina no esporte.
Durante a Assembleia dos Comitês Olímpicos Nacionais (ANOC), Thomas Bach, presidente do COI, voltou a solicitar ajuda para garantir vistos humanitários a todas estas pessoas. “Vamos estabelecer um fundo especial com o Qatar, oferecendo assistência no transporte e distribuição de ajuda”, disse Bach durante a assembleia, ao comentar uma das estratégias para tentar resolver a crise.
+ O blog está no Twitter. Clique e siga para acompanhar
+ Curta a página do blog no Facebook
+ O blog também está no Instagram. Siga
Todos os atletas que competiram na Olimpíada de Tóquio-2020, além de dois que tentam classificação para os Jogos de Inverno de Pequim-2022 foram retirados do país. Todos eles seguirão apoiados pelo programa da Solidariedade Olímpica com bolsas de estudo e treinamento. Segundo James Macleod, diretor do programa de apoio do COI, o foco segue em evacuar do Afeganistão o maior número de pessoas que temam por sua segurança.
A preocupação com a segurança das mulheres e garotas da comunidade olímpica do país aumentou após a execução de uma jogadora da seleção juvenil afegã de vôlei. A jovem Mahjabin Hakimi foi degolada pelo Tailbã no começo de outubro por jogar sem o hijab (véu que cobre o cabelo das mulheres). A informação foi dada por uma ex-treinadora de Hakimi, em entrevista ao jornal “Persian Independent”.