Semana Olímpica é um post em forma de newsletter com os principais destaques da semana do esporte olímpico. Todo sábado uma nova edição
A estapafúrdia ideia de fazer com que a Copa do Mundo de futebol seja realizada a cada dois anos, ao contrário do tradicional período quadrienal, será rejeitada pelo COI (Comitê Olímpico Internacional). O motivo, óbvio, é ter o principal evento do esporte mais popular do mundo concorrendo diretamente com os Jogos Olímpicos. Mas, ao menos por enquanto, não haverá uma guerra declarada às intenções da Fifa em fazer uma mudança radical no calendário do futebol mundial.
“Não quero colocar lenha na fogueira neste debate, mas as consequências ou potenciais consequências estão ficando mais claras a cada dia, com as discussões entre a Fifa e com contribuições das confederações continentais. Estamos monitorando de perto estas discussões e as consideramos muito interessantes”, afirmou o presidente do COI, Thomas Bach.
O bizarro projeto da Fifa (Federação Internacional de Futebol), comandada pelo suíço Gianni Infantino, tem como pano de fundo a briga entre a entidade e os grandes clubes por causa do calendário. A ideia de uma comissão de estudos da Fifa seria causar uma profunda mudança para dar mais espaço às seleções. Daí a ideia de diminuir o intervalo de disputa do mais importante torneio de seleções, banalizando-o na prática.
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Porém, o problema é mais complexo. Uma Copa do Mundo bienal esbarraria com a Olimpíada, seja de verão ou inverno. Inclusive, se aprovada, a primeira edição desta nova Copa aconteceria em 2028, quando acontecerão os Jogos de Los Angeles. Dividir espaço com um evento de tamanha grandeza, até por questões do dinheiro de direitos de transmissão e atenção da mídia, é inviável. Por isso, ninguém se engane com a aparente postura neutra do COI. Se depender do lobby do Comitê Olímpico Internacional, essa proposta não avançará.
Inclusive, Thomas Bach sabe que conta com importantes aliados para barrar a ideia da Copa bienal. Tanto a UEFA quanto a Conmebol, onde estão as principais seleções e jogadores do planeta, rejeitam abertamente este projeto sem pé nem cabeça. Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos.
Grupo chinês renova acordo de TV com o COI até 2032
O China Media Group, que controla a rede de TV estatal chinesa CCTV, anunciou esta semana que renovou o contrato de exclusividade de transmissão dos Jogos Olímpicos (Verão e Inverno) com o COI. Segundo o site “SportsPro Media”, o novo contrato contempla quatro edições olímpicas, com Los Angeles-2028 e Brisbane-2032, os Jogos de Inverno de Milão-Cortina de 2036 e a edição de 2030, ainda sem sede definida.
O acordo atual do China Media Group, assinado em 2014, que terminará em Paris-2024, rendeu ao COI US$ 550 milhões.
Primeiro Pan da Juventude terá direitos de TV liberados
Ainda sobre direitos de transmissão, uma boa notícia para quem deseja acompanhar as competições dos primeiros Jogos Pan-Americanos da Juventude, que acontecerão a partir de 25 de novembro em Cali e Valle de Cauca, na Colômbia. A Panam Sports anunciou nesta semana que o evento terá transmissão liberada pelo canal de streaming em seu site. Além disso, a entidade que organiza o esporte nas Américas confirmou que não negociará os direitos de TV para todos os meios de comunicação e comitês olímpicos nacionais que tiverem interesse em transmitir o evento.
Mundiais de ginástica seguem confirmados no Japão, apesar da Covid
Após a divulgação de que o Japão abriu mão de organizar o Mundial de clubes de futebol deste ano, que aconteceria em dezembro, por causa do surto de Covid-19, as atenções passam a ser sobre o futuro de outra relevante competição internacional no país.
Em outubro, estão programados para a cidade de Kitakyushu os Mundiais de ginástica artística (18 a 24) e rítmica (27 a 31). Ao menos por enquanto, eles seguem confirmados, de acordo com o que informou a FIG (Federação Internacional de Ginástica), em contato com o blog. Uma definição deverá acontecer esta semana.
Porém, já está confirmado que não haverá autorização para a presença de jornalistas estrangeiros no Japão trabalhando nos eventos, que terá presença exclusiva da mídia japonesa.
A FRASE
O NÚMERO
21
Títulos em Grand Slam é o que poderá alcançar o sérvio Novak Djokovic neste domingo (12), caso vença a final do US Open, contra o russo Daniil Medvdev.