Assim como ocorreu na Olimpíada, os Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020, que começam no próximo dia 24, não terão presença de público nas arenas. Nesta segunda-feira (16), após uma reunião entre o presidente do IPC (Comitê Paralímpico Internacional, Andrew Parsons, o comitê organizador dos Jogos, o governo metropolitano de Tóquio e o governo do Japão, foi anunciado que não haveria a possibilidade de permitir a presença de torcedores na Paralimpíada de Tóquio. O motivo é o preocupante aumento de casos de Covid-19 no país, especialmente na capital.
Na última semana, o número de novos casos de coronavírus em Tóquio alcançou um patamar preocupante, chegando a 5.773 na última sexta-feira (13), quase o triplo do que havia sido registrado antes da abertura dos Jogos Olímpicos, em 23 de julho.
Com a possibilidade de o Japão prolongar o estado de emergência no país, programado para terminar em 31 de julho em Tóquio e outras cinco cidades, a alternativa foi de proibir a entrada de torcedores na Paralimpíada, mesmo aqueles que eventualmente já tinham comprado seus ingressos com antecedência.
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“À luz dos números atuais de casos em Tóquio e no Japão, todos os participantes dos Jogos devem estar vigilantes e seguir os princípios dos manuais em todos os momentos. Só assim, seremos capazes de oferecer Jogos Paraolímpicos seguros e espetaculares “, disse Parsons. Ele participou da reunião de forma virtual, em um hotel em Tóquio, onde cumpre quarentena obrigatória de chegada ao Japão.
“Lamento muito a todos os detentores de ingressos que estavam ansiosos para assistir aos locais, mas gostaria de pedir a compreensão de que isso era inevitável em termos de prevenção da propagação de infecções”, disse Seiko Hashimoto, presidente do comitê organizador.
Existe uma possibilidade de que as competições da Paralimpíada de Tóquio possam ser acompanhadas por crianças e adolescentes das escolas japonesas, como parte de um programa de educação inclusiva. Para isso, tanto as administrações das cidades como das escolas devem solicitar a presença nas arenas, diante também da autorização dos pais.
Olímpicas
Campeão paralímpico preso – Um caso de polícia agita a reta final para a abertura da Paralimpíada. Segundo a agência “Kyodo News”, foi detido nesta segunda-feira Zviad Gogotchuri, da Geórgia, atleta do judô. Ele conquistou a medalha de ouro na categoria 90 kg na Paralimpíada Rio-2016. Inscrito para competir nos pesados este ano (acima de 100 kg), ele é acusado de agredir um segurança do hotel onde está hospedado, na semana passada.
Ao lado de outros atletas do país, Gogotchuri foi advertido pelo segurança sobre o excesso de barulho que eles faziam no corredor do hotel. Houve uma discussão e o judoca georgiano pulou sobre o segurança, quebrando sua costela, de acordo com a denúncia. Todos estavam em quarentena após um integrante da delegação da Geórgia testar positivo para a Covid-19.
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Após ter admitido sua culpa, em depoimento à polícia, Zviad Gogotchuri deve ser expulso da delegação e retornar a seu país, de acordo com o comitê organizador dor Jogos.
Afeganistão fora – A crise internacional criada com a chegada ao poder do grupo radical dos Talibãs no Afeganistão também reflete na Paralimpíada. Os dois atletas do país classificados para disputar os Jogos não terão como deixar o país, após o fechamento do aeroporto de Cabul. Com isso, estão fora dos Jogos
“Lamentavelmente, o Comitê Paraolímpico do Afeganistão não participará mais dos Jogos de Tóquio. Devido à grave situação em curso no país, todos os aeroportos estão fechados e não há como eles viajarem para Tóquio. Esperamos que a equipe e os oficiais permaneçam seguros e bem durante este período difícil”, afirmou Craig Spence, porta-voz do IPC.
Um dos classificados era Zakia Khudaddi, que seria a primeira mulher a representar o Afeganistão na Paralimpíada, competindo no taekwondo.