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Tóquio 2020

Ofurô Olímpico #6: Covid tira Kendricks e facilita caminho de Duplantis

Bronze na Rio-2016, o americano Sam Kendricks testa positivo para coronavírus e está fora da Olimpíada. Melhor para Mondo Duplantis

Sam Kendricks no salto com vara masculino
O americano Sam Kendricks foi o único a derrotar Mondo Duplantis nos últimos dois anos (Mark Shearman)

O receio que todos tinham de que a pandemia do coronavírus afetasse tecnicamente os Jogos de Tóquio-2020 tornou-se real nesta quinta-feira (29). O americano Sam Kendricks, um dos principais nomes do salto com vara, bronze na Rio-2016, testou positivo no Japão e está fora da Olimpíada. O anúncio foi feito por suas redes sociais por seu pai, que também é seu treinador, Scott Kendricks.

“Sam não está doente e o estado dele não preocupa. Porém, o sistema de testagem lá [Japão] é muito rígido e as autoridades japonesas não permitirão outro teste PCR por seis dias, então a competição está encerrada”, escreveu.

Kendricks será um desfalque considerável para o atletismo em Tóquio. Aos 28 anos, além de uma medalha de bronze olímpica, é bicampeã mundial (2017 e 2019). Tem como maior marca na carreira 6,06 m, obtida em um torneio nos Estados Unidos, em 2019.

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Mas sua maior credencial talvez seja a de ter sido o único a ter derrotado o sueco Armand Duplantis, o Mondo, recordista mundial do salto com vara, nos últimos dois anos. A primeira vez em uma etapa da Liga Diamante e a segunda no Mundial de Doha, vencido por Kendricks, ambas em 2019.

Por sinal, Duplantis lamentou demais a ausência de Sam Kendricks. “Não tenho muitas informações sobre o caso dele, mas estou chocado. Uma hora atrás, eu estava me preparando para ter um grande duelo com Sam e agora veio esta notícia. Ele é um dos meus principais rivais e certamente me estimularia a buscar uma vaga na final”. A qualificação do salto com vara está marcada para o próximo dia 2.

Poder feminino

Conquistas de Mayra Aguiar e Rebeca Andrade reforçam a força do esporte feminino brasileiro (Montagem sobre fotos de Jonne Roriz e Julio Cesar Guimarães/COB)

Quando o COB (Comitê Olímpico do Brasil) anunciou o número oficial da delegação do Brasil nos Jogos de Tóquio, onde estava constada um aumento da presença feminina na competição, já dava para prever que veríamos feitos históricos nesta Olimpíada.

Depois da prata da pequena Rayssa Leal, a Fadinha do skate, eis que vimos nesta quinta a história ser novamente atualizada. A terceira medalha de Mayra Aguiar no judô e a prata inédita de Rebeca Andrade na ginástica artística representaram conquistas inéditas. A maior medalhista do judô brasileiro e a dona da primeira medalha feminina na ginástica. Feitos que emocionaram o país na manhã desta quinta-feira e comprovam que a mulher chegou para ocupar seu espaço também no esporte olímpico brasileiro. Ainda bem.

A FRASE

“Dedico esta medalha aos dirigentes da Puma e da Adidas que acharam que eu não tinha capacidade para ser representante deles. Um grande beijinho para eles.”

Judoca português Jorge Fonseca, ao comemorar a conquista da medalha de bronze na categoria até 100 kg

O NÚMERO

1.000

No sábado (31), a final do disco masculino representará a milésima final do atletismo em Jogos Olímpicos. As 998 finais anteriores tiveram os Estados Unidos saindo vencedor em 344 delas, ou mais de 34% de vitórias americanas, a grande potência da modalidade em Olimpíadas.

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