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Tóquio 2020

Ofurô Olímpico #3: bem-vindos ao século XXI, Jogos Olímpicos!

Aposta do COI em rejuvenescer a Olimpíada com a entrada do surfe e skate mostrou-se um sucesso

Rayssa Leal medalha de prata Jogos Olímpicos de Tóquio skate street
Rayssa Leal, a Fadinha, simboliza o sucesso da aposta do COI em novas modalidades, como o skate (Breno Barros/Rede do Esporte)

Tenho que confessar um segredo: há cinco anos, quando o COI (Comitê Olímpico Internacional) confirmou durante os Jogos Rio-2016 a entrada do surfe, skate e escalada esportiva, torci o nariz. Não conseguia encarar como estas modalidades, que são um sucesso em suas respectivas realidades, poderiam se adaptar e funcionar dentro do universo olímpico. Não entendia que estes esportes entenderiam o que representa um evento tão grandioso como são os Jogos Olímpicos.

Bem, cinco anos depois, dou a mão à palmatória e admito que estava redondamente enganado.

Os primeiros dias de competição dos Jogos Tóquio-2020 mostram que a a aposta do COI em buscar rejuvenescer o movimento olímpico com a entrada destas modalidades mais conectadas com as novas gerações, mostrou-se um tiro certeiro.

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Impossível não se empolgar especialmente com o skate, e nisso não tem a ver com o fato de o Brasil ter conquistado duas medalhas de prata e por pouco de ouro. O clima de alto astral entre os atletas e o carisma de muitos deles só nos deixam imaginar o tamanho do sucesso caso o skate pudesse contar com público.

O surfe, cujas finais foram antecipadas para esta terça-feira (27) por causa de um tufão que se aproxima do Japão, traz igualmente esse clima mais descontraído e além disso, deve trazer ainda mais alegrias para os torcedores brasileiros, com Gabriel Medina, Ítalo Ferreira e Silvana Lima.

Agora, o que certamente deixou o COI esfregando as mãos de satisfação foi ver um pódio como o do street feminino, com média de idade de 19 anos, o mais jovem da história olímpica. E sem dúvida que a carismática Rayssa Leal é a melhor propaganda positiva para comprovar que há espaço sim para tornar os Jogos Olímpicos uma competição adaptada ao seu tempo.

Cupido olímpico

A argentina Belén Pérez Maurice, atleta da esgrima, ainda tentava assimilar a derrota logo em sua estreia nos Jogos de Tóquio-2020. Ela só não contava em receber um pedido de casamento em plena entrevista. Enquanto falava com a rede de TV argentina TyC Sports, Belén foi avisa pelo repórter para olhar para trás. Foi quando viu seu técnico e namorado Lucas Saucedo segurando um papel. Nele, estava um pedido de casamento. “Flaca, quer casar comigo? Por favor”. Surpresa, a esgrimista deu um grito e disse sim para seu apaixonado treinador.

https://twitter.com/Llavedegol/status/1419494014164869122

Dinastia quebrada

Costuma-se dizer que o torneio olímpico de tênis de mesa é uma mera formalidade para no final premiar a China com todas as medalhas de ouro em disputa. Não será assim este ano. O motivo foi a incrível vitória dos japoneses Jun Mizutani e Mima Ito na final das duplas mistas, nesta segunda-feira (26), batendo na decisão do ouro a parceria chinesa formada por Xu Xin e Liu Shiwen. A competição de duplas mistas estreou justamente na edição dos Jogos de Tóquio.

A FRASE

“Não caiu a ficha ainda de poder representar bem o Brasil e ser a mais nova a ganhar uma medalha. Eu estou muito feliz e esse dia vai ficar marcado na história”

Rayssa Leal, a Fadinha, após conquistar a medalha de prata pelo skate street nos Jogos de Tóquio, nesta segunda-feira

O NÚMERO

46

Esta é a idade da ginasta Oksana Chusovitina, que finalmente declarou que irá se aposentar da ginástica artística, após encerrar sua participação no último domingo (25). Ela participou de oito edições de Jogos Olímpicos, o primeiro deles em Barcelona-1992. Defendeu três países: Comunidade dos Estados Independentes (CEI), com países que compunham a antiga União Soviética, a Alemanha e o Uzbequistão, sua atual bandeira. Ela também se tornou a mais velha ginasta a atuar em uma Olimpíada.

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