Ninguém tem dúvidas de que o brasileiro Alison dos Santos é candidato a um lugar no pódio dos 400 m com barreiras nos Jogos de Tóquio-2020. Com apenas 21 anos, a maior revelação do atletismo brasileiro neste ciclo olímpico vem demolindo suas marcas pessoais a cada prova, tendo inclusive batido o recorde sul-americano da prova duas vezes recentemente, a última vez no último domingo (4), quando cravou 47s34, em uma etapa da Liga Diamante. O problema é que Alison terá um rival duríssimo para superar no Japão, o norueguês Karsten Warholm.
O fenômeno nórdico, de 25 anos, é o favorito disparado para conquistar o ouro nos 400 m com barreiras. Atual bicampeão mundial da prova, ele se credenciou ainda mais ao topo do pódio após bater o recorde mundial da prova no último dia 1º. Para completar, Karsten Warholm alcançou o feito correndo diante da torcida, em Oslo (capital da Noruega), durante etapa da Liga Diamante, ao cravar o tempo de 46s70.
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Neste dia, inclusive, teve como maior adversário justamente Alison dos Santos. O brasileiro baixou neste dia pela primeira vez a barreira dos 48 segundos, ao fazer 47s38, recorde sul-americano. Só que à frente dele estava Karsten Warholm, que levou a torcida norueguesa à loucura.
Nesta sexta-feira (9), os dois estarão lado a lado novamente na pista, desta vez pela etapa de Mônaco da Liga Diamante. A prova tem largada prevista para 15h03 (horário de Brasília) e deverá ser transmitida pelo SporTV 2 e Band Sports.
Estreia na temporada com recorde
A marca história alcançada por Karsten Warholm veio logo em sua primeira prova ao ar livre na temporada 2021. Ele superou o tempo obtido pelo americano Kevin Young na Olimpíada de Barcelona-1992. Era um dos recordes mais antigos do atletismo.
Um feito que já vinha sendo ensaiado nas últimas temporadas, especialmente depois de 2019, quando venceu todas as provas que disputou. Desde então, largou 27 vezes em corridas de pista coberta e ar livre, vencendo todas elas.
Nada mal para quem começou sua carreira no atletismo disputando a prova do octatlo, onde foi campeão mundial sub-18 em 2013. Mas seu treinador na época (e que ainda segue ao seu lado), Leif Olav Alnes, percebeu o potencial do garoto nascido na cidade de Ulsteinvik para os 400 m com barreiras. Começava ali a trajetória de sucesso em uma prova que combina velocidade, resistência e técnica para superar os obstáculos.
Warholm, que na Rio-2016 parou na semifinal dos 400 m com barreiras, admitiu em entrevista ao site da Red Bull que bater o recorde em casa foi especial para ele.
“Foi uma sensação ótima e não poderia ser melhor. Para mim, foi o maior sonho que se tornou realidade. Foi também o maior evento esportivo na Noruega desde o início da pandemia. Todos estavam lá ansiosos para torcer por um atleta norueguês. Foi um momento perfeito para fazer isso nestas circunstâncias”, afirmou. Para baixar a adrenalina deste feito incrível, ele foi jogar golfe no dia seguinte.
Não sei se já avisaram para Karsten Warholm que existem muitos campos públicos de golfe em Tóquio. Vai que ele precisará relaxar novamente após a final olímpica dos 400 m com barreira…