Maior ídolo da história do Flamengo e um dos maiores jogadores brasileiros de futebol de todos os tempos, Zico teve neste domingo (4) a compensação de uma frustração que já durava cinco anos. O Galinho de Quintino, como era chamado quando brilhava nos gramados, foi escolhido para conduzir a tocha olímpica de Tóquio-2020 em Kashima, cidade onde jogou e tornou-se praticamente uma lenda. Ao agradecer a oportunidade por suas redes sociais, lembrou que foi esquecido para fazer o mesmo em sua cidade natal, na época dos Jogos Rio-2016.
“Depois do meu país ter me negado essa oportunidade de carregar a tocha olímpica, hoje realizei o sonho de participar de uma Olimpíada. Agradeço ao Kashima Antlers, a cidade de Kashima e ao Japão por terem me dado esta oportunidade”, escreveu Zico em sua conta no Instagram.
Zico atuou como jogador no Kashima Antlers entre 1991 e 1994, além de ter sido técnico da seleção japonesa entre 2002 e 2006. Hoje ele é diretor técnico do Kashima.
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É excelente que o comitê organizador de Tóquio-2020 tenha feito esta homenagem a Zico, corrigindo uma injustiça incrível que ele sofreu antes da Rio-2016. Mas é importante reforçar que Zico teve a compensação que muitos outros atletas olímpicos brasileiros não tiveram.
Para quem não se lembra, o revezamento da tocha olímpica no Brasil foi repleto de problemas, protestos e muitas reclamações de esquecimento de atletas importantes e que fizeram parte da história do país nos Jogos Olímpicos. Wlamir Marques, duas vezes medalha de bronze com o basquete em Roma-1960 e Tóquio-1964, por exemplo, foi um dos esquecidos. Um verdadeiro absurdo.
Alguns eram “convidados” a carregar a tocha em cidades do Norte e Nordeste e ainda tinham que bancar suas despesas para chegar até o local. Mas não faltaram políticos, celebridades e subcelebridades que estavam entre os representantes dos patrocinadores do tour da tocha. Todos obviamente sem qualquer conexão com o mundo olímpico.
Ótimo que Zico tenha tido a oportunidade de ver realizado seu sonho de participar, de alguma forma, de uma Olimpíada. Provavelmente outros olímpicos brasileiros que ficaram de lado em 2016 não terão a mesma oportunidade.