O primeiro evento-teste dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 programado para acontecer com torcida terá portões fechados. Nesta quarta-feira (21), integrantes do comitê organizador reconheceram de forma extraoficial que não haverá condições do evento de atletismo, previsto para o dia 9 de maio no Estádio Olímpico, ocorrer com a presença de público. O motivo é o preocupante aumento de casos de Covid-19 em todo o país nas últimas semanas.
Os organizadores até anunciaram com certa pompa (e alívio) no final de março que o evento-teste de atletismo teria a presença de torcedores nas arquibancadas. Era prevista a entrada de 20 mil pessoas (a capacidade do Estádio Olímpico é para receber até 68 mil espectadores), respeitando todos os protocolos de segurança, como distanciamento social e proibição de cantos e gritos entre os torcedores.
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A aposta era que até o dia da competição, a situação do coronavírus estivesse mais controlada no país-sede dos Jogos de Tóquio-2020. Mas, não foi bem isso que aconteceu.
O Japão vive uma explosão de casos de Covid-19 nas últimas semanas. Só em Tóquio foram 843 novos casos nesta quarta-feira, recorde de registros desde o dia 29 de janeiro. A situação é tão preocupante que a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, deve pedir a implantação de um novo estado de emergência na região por pelo menos duas semanas. Neste regime, apenas atividades essenciais seguiriam funcionando.
Se na versão original do evento-teste de atletismo estava prevista a participação de atletas de outros países, agora não há a confirmação se a competição acontecerá apenas com competidores japoneses ou não.
Testes diários
O comitê organizador dos Jogos Tóquio-2020 fará também uma importante mudança no protocolo de segurança durante a Olimpíada e Paralimpíada. Os atletas serão submetidos a exames diários com testes de saliva, com o objetivo de descobrir possíveis infectados em estágio inicial da doença. Antes, o procedimento previa testagens a cada quatro dias. A decisão ainda não foi anunciada de forma oficial.
Estes testes serão realizados dentro da Vila Olímpica, em um centro de coletas que contará com vigilância semelhante aos testes antidoping, para evitar fraudes ou outros problemas semelhantes. A testagem por saliva é considerada mais fácil de realizar do que o teste PCR. Contudo, caso algum atleta apresente sintomas como febre ou tosse serão submetidos ao PCR e os casos positivos serão isolados.