O processo de tombamento do Conjunto Constâncio Vaz Guimarães, onde está localizado o histórico Ginásio Geraldo José de Almeida, está caminhando mais rápido do que se esperava. O pedido de preservação do complexo esportivo do Ibirapuera avançou um pouco mais nos últimos dias.
O processo de tombamento do Complexo do Ibirapuera foi aberto no dia 30 de dezembro de 2020. Foi feito com base na solicitação feita pelo arquiteto paulista Ricardo Augusto Romano junto ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Na ocasião, a decisão do órgão ligado ao Ministério do Turismo travou o projeto de privatização promovido pelo governo do estado de São Paulo.
O estudo do projeto de concessão da gestão João Doria previa a demolição do estádio de atletismo. Em seu lugar, seria erguida uma arena multiuso para 20 mil pessoas. No local do parque aquático, o estudo indicava a construção de uma torre comercial e de um hotel. Já o Ginásio do Ibirapuera, inaugurado em 1954, seria transformado em um grande shopping center, aproveitando sua estrutura.
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Na última sexta-feira (16), a superintendente do Iphan em São Paulo, Alessandra da Silva Martins, enviou um ofício ao secretário de projetos, orçamento e gestão, Mauro Ricardo Machado Costa. No texto, ela solicita uma visita técnica “para verificarmos o estado de conservação e preservação do bem”, em um prazo de 15 dias (confira a íntegra aqui).
Já na segunda-feira (19), em ofício encaminhando ao 1º Oficial de Registro de Imóveis de São Paulo, o Iphan solicitou “as providências necessárias para que nos conceda a certidão de propriedade (matrícula/transcrição) do referido imóvel” (confira a íntegra aqui).
A menos que aconteça uma reviravolta pouco provável, o histórico Complexo Esportivo do Ibirapuera, que abrigou e testemunhou parte importante da história do esporte brasileiro, está salvo de virar mais um empreendimento imobiliário na cidade de São Paulo.
Ainda bem.