Neste domingo de Páscoa, o melhor presente que o esporte poderia nos dar é também um real símbolo de esperança nestes tempos tristes. A nadadora japonesa Rikako Ikee, que se recuperou recentemente de uma leucemia, garantiu sua classificação para a Olimpíada de Tóquio-2020, ao vencer a prova dos 100 m borboleta da seletiva olímpica do Japão.
A marca obtida hoje (4), no Centro Aquático de Tóquio, de 57s77, lhe dá uma vaga no revezamento 4 x 100 m medley. Tudo isso pouco mais de dois anos após ter anunciado que estava com câncer, em fevereiro de 2019. Passou por um longo período de tratamento e pôde voltar a nadar em março do ano passado. Em outubro, conseguiu a marca necessária para participar da seletiva deste domingo. Uma incrível e emocionante história de esperança e resiliência.
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“Nunca pensei que seria capaz de vencer os 100 borboleta. Estava menos confiante do que na seletiva de cinco anos atrás e imaginava que só poderia conseguir este resultado mais adiante. Mas treinei muito e dizia para mim mesma ‘estou de volta’, ao iniciar esta competição”, disse a nadadora de apenas 20 anos, às lágrimas, após sair da piscina.
A linda história de superação de Rikako Ikee é para mim o verdadeiro símbolo de superação da Olimpíada, especialmente em tempos de pandemia do coronavírus. Bem diferente do que o discurso criado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) e comitê organizador dos Jogos de que a realização da Olimpíada seria uma espécie de vitória sobre o coronavírus.
Um belo slogan de marketing que infelizmente não se sustenta diante dos fatos. Nem a pandemia dá sinais de que acabará tão cedo como os Jogos Olímpicos sofrem muito com seus efeitos. O veto à entrada de torcedores de outros países e os rígidos protocolos de segurança para o evento aconteça comprovam isso.
Melhor é ficar com a mensagem de esperança que as braçadas de Rikako Ikee nos trouxeram nesta Páscoa.