Quando confirmaram a realização do revezamento da tocha olímpica de Tóquio-2020, os organizadores até colocaram nos protocolos de segurança que qualquer etapa poderia ser cancelada de acordo com as condições sanitárias da cidade. Só não imaginavam que os problemas aconteceriam tão cedo. Nesta quinta-feira (1), a prefeitura da cidade de Osaka, uma das três maiores do Japão, anunciou que pedirá que a passagem do fogo olímpico na região seja cancelada, em razão do aumento no número de casos de Covid-19 na região.
O revezamento da tocha olímpico teve início no último dia 25, com a promessa de evitar aglomerações nas ruas japonesas e repleto de medidas preventivas em razão da pandemia do coronavírus. Entretanto, em algumas cidades, tem sido possível ver muitas pessoas prestigiando a passagem do fogo olímpico. O tour da tocha terá sua parada final no dia 23 de julho, durante a cerimônia de abertura da Olimpíada de Tóquio.
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O problema é que o vírus parece não estar muito preocupado com a programação dos Jogos Olímpicos.
A cidade de Osaka apresentou nesta quinta-feira um recorde de casos de Covid-19. Nas últimas 24 hortas, foram confirmados 616 novos casos, maior número desde janeiro.
Com medo de que a situação da pandemia saia do controle na região, o governador de Osaka, Hirofumi Yoshimura, disse que irá solicitar formalmente nos próximos dias que o revezamento da tocha na cidade seja cancelado. A cidade, inclusive, deverá aumentar as medidas de restrição para evitar um aumento de casos
O comitê organizador de Tóquio-2020 ainda não se pronunciou oficialmente sobre a decisão de Osaka e sobram motivos para isso. O roteiro previa que a tocha esteja na cidade em 14 de abril, data que marcará 100 dias para a abertura dos Jogos. Se realmente a decisão de Osaka for respeitada, será preciso botar um plano B em ação o mais rápido possível.
A caminhada dos Jogos de Tóquio-2020 segue cheia de pedras e indefinições, infelizmente.