Um ano depois de terem sido adiados em razão da pandemia do coronavírus, os Jogos de Tóquio-2020 voltam ao ponto em que o tempo parece ter sido congelado. Nesta quarta-feira (manhã de quinta-feira no Japão), começará o revezamento da tocha olímpica, um dos momentos mais aguardados que antecedem o evento.
A chama olímpica, acesa ainda em 2020 na Grécia, começará sua viagem pelo Japão a partir da cidade de Fukushima, destruída no tsunami de 2011. Repleto de restrições de segurança por causa da Covid-19, o revezamento da tocha também sofrerá com importantes desfalques entre seus participantes.
+ O blog está no Twitter. Clique e siga para acompanhar
+ Curta a página do blog no Facebook
+ O blog também está no Instagram. Siga
Um total de 15 integrantes da seleção feminina de futebol campeã mundial em 2011, a “Nadeshiko Japan”, como são conhecidas, participarão da largada do revezamento, que começará na J-Village, o centro de treinamento nacional de futebol. Entretanto, algumas das estrelas daquela histórica conquista não estarão presentes. Entre elas, a atacante Homare Sawa, artilheira e melhor jogadora da Copa de 2011, realizada na Alemanha. Oficialmente, o motivo foi não ter se recuperado de uma inflamação no ouvido e por isso abriu mão de participar do evento.
Mas a estrela Sawa não será o único desfalque. Jogadoras que atuam no exterior também estarão impedidas de participar, em razão das restrições de viagem por causa da pandemia. Uma delas é Saki Kumagai, que defende o Lyon, da França.
Escolha simbólica
A largada do revezamento da tocha olímpica em Fukushima, que acontecerá sem a presença de público, não foi à toa. Ao marcar o início na cidade que renasceu após o desastre de 2011, os organizadores querem reforçar o aspecto de renovação e esperança que os Jogos Olímpicos deveriam trazer. O problema tem sido a rejeição que a Olimpíada tem criado dentro do povo japonês, diante de uma segunda onda mais severa da pandemia.
Pelo menos duas cidades abriram mão de integrar o revezamento, com medo de que o evento causa aumento no número de casos de coronavírus.
Isso mesmo com a promessa de rigorosos procedimentos de segurança. O comitê organizador não irá permitir aglomerações nas ruas. Entre estas medidas, está prevista a transmissão diária do evento pela TV, para não estimular que o público acompanhe o revezamento na rua. Para quem estiver no local, será solicitado que apoiem os participantes apenas com palmas. Quem estiver acompanhando o trajeto da tocha pelas ruas japonesas poderá apenas consumir água.
Um total de 10 mil pessoas vão participar do revezamento, que irá durar 120 dias, passando pelas 47 prefeituras japonesas. O ponto de chegada será no dia 23 de julho, no Estádio Olímpico de Tóquio, dia da cerimônia de abertura dos Jogos.
Confira o mapa do revezamento da tocha olímpica de Tóquio-2020