No fim, a decisão mais correta e sensata a se fazer. Nesta terça-feira (9), o governo do Japão finalmente bateu o martelo e decidiu não permitir a entrada de torcedores de outros países para acompanhar a Olimpíada e Paralimpíada de Tóquio-2020. Segundo vários veículos da imprensa japonesa, a decisão faz parte da estratégia de conter a disseminação da pandemia do coronavírus no país.
A discussão sobre a presença ou não de público nos Jogos, adiados para este ano pela crise mundial sanitária, vinha atormentando o comitê organizador. Divididos pela preocupação com o preocupante aumento da Covid-19 no Japão desde o começo de 2021 – foram mais de 2.500 casos por dia em janeiro – e também com o rombo nas contas. A receita estimada com a arrecadação de ingressos para o evento era de quase R$ 5 bilhões. Já tinham sido vendidos 4,48 milhões de ingressos olímpicos e 970 mil paralímpicos.
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De acordo com a imprensa japonesa, o governo chegou à conclusão que seria quase impossível receber público de outros países. Especialmente em um momento no qual existem variantes do coronavírus ainda mais contagiosas em vários países. A decisão de excluir o público estrangeiro dos Jogos de Tóquio será referendada junto ao COI (Comitê Olímpico Internacional) em reunião virtual, possivelmente na próxima semana.
Prejuízo à vista
Agora, a dor de cabeça (mais uma!) para os organizadores será promover o reembolso de milhares de ingressos para muitos torcedores de outros países, inclusive do Brasil. É um número considerável e aumentará o prejuízo desta Olimpíada, já muito abalada com o adiamento para este ano causado pela pandemia.
Mas quando se imagina um cenário anterior, onde até se falava em ter Jogos sem ninguém nas arenas, há uma sensação de que parte do espírito do evento foi preservada, com a presença ao menos de público local.
Já foi falado antes, inclusive neste blog, que estas não seriam Olimpíadas normais. O primeiro exemplo prático foi confirmado nesta terça-feira. Vamos nos acostumando aos poucos a estes novos (e estranhos) tempos.