Planejado para começar no próximo dia 25 de março, o revezamento da tocha olímpica dos Jogos de Tóquio-2020 também sofre com a onda de rejeição que cerca o evento no Japão. O crescente número de casos de Covid-19, que provocou a implantação do estado de emergência em Tóquio e outras cidades japonesas, pode causar a desistência de uma das cidades que integram o roteiro da tocha.
A cidade de Shimane ameaça cancelar sua participação no evento se as medidas de controle da pandemia do coronavírus não melhorarem. O aviso foi dado nesta quarta-feira (17) pelo governador local, Tetsuya Maruyama.
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Em uma coletiva de imprensa, ele disse ser contra a realização não apenas do revezamento, mas também da própria Olimpíada de Tóquio. Segundo ele, as medidas tomadas até agora pelo governo japonês não foram suficientes para conter o avanço do vírus.
“Como prefeitura, não podemos oferecer nosso apoio para o revezamento da tocha se a situação atual continuar”, disse Maruyama, segundo relatou a agência de notícias japonesa “Kyodo News”. Segundo dados do Imperial College, o Japão apresentou 1.308 novos casos de Covid-19 e 101 óbitos nesta quarta-feira. O país tem um total de 418.435 casos desde o começo da pandemia.
Imagem abalada
O posicionamento da cidade de Shimane contra o revezamento da tocha é mais um duro golpe na imagem que a Olimpíada de Tóquio apresenta entre a população japonesa. No final de janeiro, pesquisa feita pelo jornal “Japan Times” apontou que 72% da população queria que os Jogos fossem adiados novamente ou cancelados.
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Alheio à esta onda negativa, o comitê organizador de Tóquio-2020 planeja iniciar o tour da tocha olímpica em 25 de março. O ponto de partida será no centro de treinamento de futebol J-Village, na cidade de Fukushima, uma das mais afetadas pelo terremoto seguido de tsumani em 2011.