A pandemia do coronavírus segue fazendo estragos no calendário mundial da ginástica artística. Após o cancelamento de duas etapas da Copa do Mundo de individual geral que mudou até o sistema de qualificação para Tóquio-2020, agora uma nova mudança. A FIG (Federação Internacional de Ginástica) anunciou na última segunda-feira (15) o adiamento da Copa do Mundo por aparelhos, que aconteceria em Doha (QAT), entre 10 e 13 de março.
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Esta nova alteração na corrida pelas vagas olímpicas da ginástica artística aumenta a pressão sobre os atletas. Nesse sentido, eles terão somente os campeonatos continentais para buscarem os últimos lugares disponíveis nos Jogos de Tóquio. Diante deste quadro de indefinição, a CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) ligou o sinal de alerta e ao mesmo tempo tem buscado alternativas para que a preparação dos atletas não seja ainda mais prejudicada.
“Acompanhamos nas últimas semanas este número grande de cancelamentos de competições que faziam parte da disputas de vagas para os Jogos Olímpicos. Todos os atletas estão há mais de um ano sem participações em competições e sabemos o quanto isso é fundamental para a preparação técnica, física e mental deles”, afirmou Marcos Goto, coordenador da seleção brasileira masculina de ginástica artística.
Com as repetidas mudanças no calendário, a CBG está buscando estratégias para compensar tantos cancelamentos e adiamentos. “O planejamento está sendo feito e refeito. Estamos acompanhando as alterações e sempre buscando oferecer as melhores condições para que os atletas alcancem os objetivos traçados”, disse Goto.
Cenário de competição
Dessa forma, a ideia é oferecer aos atletas um cenário próximo do que iriam encontrar em uma competição. “Assim, queremos garantir a melhor preparação nas condições que estamos enfrentando hoje. Entre estas ações, estamos realizando avaliações com banca de arbitragem e formato de competição através da plataforma Zoom. Também fazemos trabalho junto à experts das modalidades, estágios de treinamento e monitoramento contínuo do grupo” completou o coordenador da seleção masculina.
Por enquanto, o Brasil está classificado na ginástica artística em Tóquio com a equipe masculina (quatro atletas), e Flavia Saraiva no feminino, no individual geral. No Pan-Americano da modalidade, marcado para junho no Brasil, buscará outras vagas individuais no feminino. Rebeca Andrade é uma das favoritas a assegurar a classificação olímpica via Pan-Americano.