A segunda-feira (15) reservou uma surpresa não muito agradável para os atletas do boxe que sonham com uma vaga na Olimpíada de Tóquio-2020. A Força-Tarefa do boxe (BTF, na sigla em inglês) criada pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), que assumiu a organização do torneio, anunciou que foi cancelada a disputa do Pré-Olímpico mundial, que aconteceria em Paris, no mês de junho. As vagas remanescentes que estariam em jogo serão distribuídas pelo ranking mundial de cada categoria.
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Os problemas com o calendário apertado e as restrições de viagem em vários países, por causa da pandemia do coronavírus, foram alguns dos motivos pelos quais a BTF optou pelo cancelamento do evento.
A BTF argumentou ainda que seria necessário um período mínimo de intervalo de um mês entre o final das qualificações continentais e o pré-olímpico mundial. Assim como entre esta competição e a Olimpíada de Tóquio. Das 53 vagas que estariam em disputa, seriam 32 para os homens e 21 entre as mulheres.
Valorização dos torneios continentais
Com o cancelamento do Pré-Olímpico mundial, aumentou ainda mais a importância dos qualificatórios continentais do boxe. Assim, o lutador não terá que depender da posição final no ranking em sua categoria para saber se estará ou não classificado para os Jogos Olímpicos.
Neste caso, somente o mais bem colocado em cada categoria, fora os que já foram qualificados pelos continentais, irá carimbar a sua vaga.
No caso do Brasil, a atenção passa a ser total no Pré-Olímpico das Américas. A princípio, o evento ocorrerá entre 10 e 16 de maio em Buenos Aires (ARG), quando serão definidas 49 vagas. Na Olimpíada Rio-2016, o Brasil esteve presente com um total de nove boxeadores.
A BTF foi criada pelo COI no final de 2019, após afastar a Aiba (Associação Internacional de Boxe) da coordenação da modalidade em Tóquio. A entidade foi suspensa por causa dos vários problemas administrativos e denúncias de corrupção entre seus dirigentes.