Uma sensação de alívio tomou conta dos organizadores do Torneio Internacional de ginástica artística, que acontecerá no domingo (8), em Tóquio. A liberação do astro japonês Kohei Uchimura, que havia sido afastado por ter testado positivo para o coronavírus, acabou com as ameaças para a realização do evento. Uchimura fez três testes em hospitais diferentes e por isso foi liberado para competir neste final de semana.
A equipe médica responsável pelo Torneio Internacional Amizade e Solidariedade determinou assim que o resultado anterior era na verdade um falso positivo.
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A competição servirá para marcar a retomada do esporte olímpico internacional em Tóquio, visando a Olimpíada do ano que vem, adiada justamente por causa da pandemia de Covid-19.
Participarão do evento as equipes feminina e masculina do Japão, Estados Unidos, Rússia e China. O torneio acontecerá no Estádio Nacional Yoyogi, que será utilizado como uma das arenas nos Jogos de Tóquio-2020. Aliás, o evento também testará os procedimentos para a presença de público. Serão vendidos 2.000 ingressos para domingo.
Alívio ou preocupação?
É inegável que a liberação de Uchimura para disputar o Torneio Internacional é motivo de comemoração para os organizadores. Entre eles, Morinari Watanabe, presidente da FIG (Federação Internacional de Ginástica). Em uma recente entrevista à imprensa, Watanabe disse que a competição servirá para “abrir as portas de Tóquio para o mundo”.
Tudo muito bonito, do ponto de vista do marketing. Contudo, traz um ponto de preocupação, quando se pensa nos procedimentos de segurança para os Jogos de Tóquio.
O tal “falso positivo” de Uchimura preocupa quando se pensa na possibilidade – nada descartável, por sinal – de a Olimpíada acontecer ainda sem uma vacina comprovadamente eficaz disponível.
Como ficaria, por exemplo, uma equipe desfalcada em razão de um resultado positivo e, depois da competição, fosse divulgado que o resultado estava errado?
A possibilidade de a Olimpíada de Tóquio acontecer em 2021, mesmo sem o fim da pandemia, é cada vez mais real. Entretanto, é preciso que os organizadores fiquem mais rigorosos quanto a todos os protocolos. Especialmente sobre resultados de exames de coronavírus.