A crise no handebol brasileiro ganhou mais um capítulo preocupante. Depois da carta aberta publicada pelo capitão da seleção brasileira masculina Thiagus Petrus, criticando a constante troca de treinadores na equipe, mais uma bomba caiu no colo do presidente em exercício Ricardo Souza. Em nova carta aberta, divulgada nesta quinta-feira (15), integrantes das comissões técnicas das seleções nacionais do handebol de praia renunciaram aos seus cargos. Eles não concordam com a permanência de Ricardinho, como o presidente em exercício é conhecido, no comando da CBHb (Confederação Brasileira de Handebol).
No total, 22 pessoas assinaram a carta desistindo de permanecer trabalhando com handebol de praia brasileiro. Diga-se de passagem, o Brasil é uma das potências mundiais da modalidade, que sonha em integrar o programa esportivo em futuras edições dos Jogos Olímpicos.
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Entre os que entregaram seus cargos, estão o gerente do grupo de trabalho, Stanley Ramos Mackenzie, os treinadores Antonio Hermínio Peixe (masculino) e Marcio Magliano (feminino). Também saíram coordenadores e técnicos das categorias de base. Confira a íntegra da carta abaixo:
O ponto principal que levou a esta decisão, como está claro no texto, é o desacordo com o comando da CBHb, hoje nas mãos de Ricardinho. Sempre é bom lembrar que ele só está na presidência porque o veterano cartola Manoel Oliveira, que estava no poder há 31 anos, foi afastado pela Justiça por mau uso de dinheiro público na confederação.
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Ricardinho, primeiro vice-presidente da CBHb, foi punido pelo Comitê de Ética do COB (Comitê Olímpico do Brasil) em outubro. Ele foi julgado e condenado com uma pena de dois anos de suspensão por assédio moral e sexual a uma funcionária da confederação, durante o Pan-Americano de Lima-2019.
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O dirigente também foi alvo de um manifesto público por integrantes da Assembleia da CBHb. O texto foi assinado inclusive por estrelas da modalidade e de federações estaduais, contestando a autoridade dele para presidente a confederação brasileira.
A crise no handebol brasileiro segue sem dar sinais de que irá acabar tão cedo.