Ainda causa um grande barulho a desclassificação do tenista sérvio Novak Djokovic no US Open, ocorrida no último domingo (6). O motivo, mais do que justo, foi a bolada que o número um do ranking mundial acertou em uma juíza de linha. As regras do tênis são bem claras quanto a isso e pune com desqualificação imediata o atleta que atingir qualquer pessoa (árbitro ou público) com uma bolada, mesmo que involuntária.
O que é até um pouco assustador para mim foi ver a quantidade nada desprezível de fãs de Djokovic nas redes sociais atacando a decisão da direção do torneio. Excesso de rigor é o mínimo que essa turma tem falado. Há quem até faça ataques para a coitada da árbitra, vejam só!
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A lição clara que fica, especialmente para as grandes estrelas do esporte mundial, é que elas também precisam cumprir as regras. Simples, não é? Mas alguns acreditam que seus status esportivo e carisma permitem que os regulamentos sejam transgredidos vez ou outra.
Obviamente que Djokovic não mirou de propósito no pescoço da juíza de linha. Mas ele flertou com a possibilidade de fazer uma grande bobagem ao descarregar na bolinha a frustração por ter o seu serviço quebrado pelo espanhol Pablo Carreño Busta. Inclusive, não foi a primeira vez em que ele descarregou a raiva em objetos que poderiam machucar alguém. Circulou um vídeo neste domingo que mostra o sérvio jogando a raquete longe em Roland Garros, em 2016. Por sorte, daquela vez não pegou em ninguém.
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Horas depois desta baixaria, Novak Djokovic publicou um comunicado oficial em seu Instagram. Pediu desculpas pelo episódio e disse que precisa “transformar o episódio de domingo em uma lição para seu crescimento”.
Também é verdade que enquanto argumentava com o diretor do torneio sobre a punição, ele também chegou a dizer o seguinte: “Ela não tem que ir para o hospital por isso. Você vai escolher a desclassificação nesta situação”.
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Infelizmente, o ano de 2020 tem mostrado um lado extremamente infeliz de Djokovic. Declarações estranhas a respeito da necessidade de vacina contra o coronavírus, rompimento com a ATP (Associação de Tenistas Profissionais) e a cereja do bolo, o Adria Tour. Para quem não se lembra, foi aquele circuito que seria realizado na região dos Balcãs, com presença de público, mas em um momento em que a pandemia ainda estava longe de estar controlada.
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O resultado não poderia ser diferente. Vários tenistas que testaram positivo, inclusive o próprio Djokovic, que ao lado da mulher, foi infectado pela Covid e decidiu encerrar o desastrado torneio.
Não tenho certeza se a bolada na juíza de linha fará Novak Djokovic repensar suas atitudes, mas expôs um lado feio do ídolo que ele e seu staff certamente não gostariam que ficasse tão evidente.