Começa nesta quarta-feira (15) a reunião do Conselho Executivo do COI (Comitê Olímpico Internacional), novamente por teleconferência. Fossem estes tempos normais, este encontro ocorreria em algum hotel luxuoso em Tóquio, em clima olímpico. Afinal, estaríamos a apenas nove dias da abertura da Olimpíada, adiada para 2021 em razão da pandemia do coronavírus. Mas até por uma forma simbólica, a reunião que será concluída com a 136ª Sessão do COI, na sexta-feira (17), poderá trazer uma luz a respeito da realização dos Jogos no ano que vem.
Embora a pauta do encontro seja bem diversa, contendo discussões sobre questões do combate ao doping ou mesmo dos preparativos para os Jogos da Juventude de Dacar-2022, o tema principal será mesmo Tóquio-2020. Não teria como ser diferente, é óbvio. Mas existe uma expectativa que sejam colocadas na mesa mais elementos que tragam otimismo para a realização dos Jogos, ao contrário do que vinha sendo divulgado.
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Entre as novidades aguardadas, os integrantes do comitê organizador local deverão apresentar o cronograma atualizado das competições olímpicas e paralímpicas. Pelas informações prévias, ela seguirá exatamente o modelo atual, apenas atualizando as datas do calendário.
Com isso, a Olimpíada terá sua largada, em termos de competições, com a primeira rodada do softbol, em Fukushima, no dia 21 de julho de 2021. Da mesma forma, o calendário da Paralimpíada seguiria o mesmo cronograma.
Os japoneses também devem trazer uma notícia especialmente tranquilizadora ao COI. Ao contrário de um pessimismo inicial, todos os locais de competição previamente planejados estarão disponíveis em 2021. Isso incluí também as instalações da Vila Olímpica.
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Quando foi anunciado o adiamento da Olimpíada, havia um temor que muitas das instalações provisórias não poderiam ser mantidas com os Jogos realocados para o ano que vem. Especialmente a Vila, que se transformará em um condomínio residencial após o evento. Cerca de 25% dos apartamentos já estavam comercializados.
Também é aguardada uma proposta de simplificação da Olimpíada de Tóquio. Até agora, os japoneses não deram sinais exatos do que ela significaria. Mas já é possível aguardar cortes em cerimônias (abertura e encerramento) e eventos promocionais ligados aos Jogos. Apostaria que o revezamento da tocha olímpica, se não for totalmente cortado, sofrerá uma considerável redução. Deve entrar na pauta também as tais medidas de flexibilização para a entrada de atletas estrangeiros no Japão, caso uma vacina contra o coronavírus ainda não esteja à disposição.
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Na sexta (17), quando estiver discursando virtualmente na Sessão do COI, o presidente da entidade, o alemão Thomas Bach, poderá tirar algumas destas dúvidas e trazer uma dose de otimismo para os que ainda sonham com a realização da Olimpíada de Tóquio.