Marco histórico do futebol brasileiro, o Maracanã completa nesta terça-feira, 16 de junho, seu aniversário de 70 anos. Erguido para a Copa do Mundo de 1950, trata-se de um dos símbolos da grandeza do nosso futebol, depois da seleção brasileira. Mesmo depois de tantas reformas, que gastaram milhões e mudaram radicalmente o estádio, o Maracanã segue como um ícone. E que também tem história no esporte olímpico brasileiro, sim senhor.
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Os dois principais eventos poliesportivos que o Brasil organizou tiveram no Maracanã um de seus pilares. Primeiro, em 2007, com a realização dos Jogos Pan-Americanos do Rio. Escolhida para receber o Pan em 2002, a capital carioca usou a competição como trampolim para um sonho ainda mais ousado: organizar a primeira Olimpíada na América do Sul. Feito que se tornou real dois anos depois, quando venceu a eleição para receber os Jogos Olímpicos de 2016.
Tanto no Pan quanto na Olimpíada, o Maracanã foi o palco das cerimônias de abertura e encerramento. Em 2007, com direito a brincadeiras da torcida durante o discurso em espanhol do então presidente da Odepa, Mario Vazquez Raña, o público acompanhou uma bela festa. O ponto alto foi o momento em que o campeão olímpico de Los Angeles-1984 nos 800 metros, Joaquim Cruz, acendeu a pira.
Nove anos depois, o já reformado (e descaracterizado) Maracanã para a Copa de 2014 recebeu o maior momento do nosso esporte olímpico. A cerimônia de abertura da Rio-2016 foi inesquecível.
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Mesmo com cortes no orçamento original e sem grandes arroubos tecnológicos, foi uma linda festa, que encantou não apenas os brasileiros que estavam no estádio. E que teve um dos mais belos momentos quando Vanderlei Cordeiro de Lima, bronze na maratona de Atenas-2004, acendeu a pira olímpica.
Medalhas inéditas
O Maraca setentão não viu apenas festas ligadas ao esporte olímpico. Em campo, foram dois títulos marcantes. O primeiro com a seleção brasileira feminina, que graças um show de Marta e Cristiane, goleou os Estados Unidos por 5 a 0, diante de mais de 70 mil pessoas, e ficou com a medalha de ouro do Pan de 2007. A seleção olímpica masculina viu no Maracanã, na Rio-2016, acabar com a busca pela medalha de ouro, ao derrotar a Alemanha nos pênaltis por 5 a 4, com direito a gol de Neymar na última cobrança.
Mas a “experiência olímpica” do Maracanã não se limitou apenas ao futebol. Em julho de 1983, embalado pela popularidade alcançada com o vice-campeonato mundial no ano anterior, a seleção masculina de vôlei recebeu a campeã União Soviética para uma partida amistosa.
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Uma quadra foi construída em pleno gramado para o evento, promovido pelo narrador Luciano do Valle, então na “TV Record”. Só que choveu muito naquela noite de 26 de julho no Rio. Para não decepcionar as mais de 95 mil pessoas que foram ao estádio, os jogadores das duas seleções se uniram para tentar secar a quadra, quando a chuva deu uma trégua.
Mesmo sem estar com o piso 100% seco, o jogo acabou acontecendo (vitória brasileira por 3 a 1) e entrou para a história não só do vôlei mundial como a do próprio estádio.
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Sete décadas depois, o Maracanã é um símbolo que não pertence só ao futebol do Brasil.