Menos de dois meses desde o adiamento da Olimpíada de Tóquio para o ano que vem foi anunciado, em razão da pandemia do coronavírus, os dirigentes do Comitê Olímpico Internacional (COI) voltarão a se reunir nesta quinta-feira (14). Virtualmente, é claro, como mandam as regras de isolamento social. E o cardápio do encontro terá como assunto principal os efeitos que o coronavírus causou no esporte mundial.
Não deixa de ser irônico (apesar de óbvia) a preocupação da cartolagem do COI em discutir o coronavírus. Ainda está muito fresca na minha memória a irritante letargia com a qual o alemão Thomas Bach (com forte contribuição do comitê organizador, é bom que se diga) tratava a possibilidade de um adiamento. Isso em um momento em que as competições iam sendo canceladas em efeito cascata.
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Não se esqueçam que o COI e Japão só tomaram atitudes mais efetivas quando começaram a pipocar as primeiras ameaças de boicote, caso tentassem manter os Jogos para este ano.
Isto posto, o fato é que exatos 52 dias após o anúncio de adiamento para julho de 2021, a reunião do Comitê Executivo do COI deve dar algumas pistas sobre como o esporte irá se portar a partir de quando a pandemia começar a retroceder.
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Entre os pontos que serão discutidos, o item “Consequências da Covid-19” ocupa a maior parte da pauta da reunião. Serão tratados os efeitos do coronavírus para atletas, federações internacionais e comitês nacionais, entre outras entidades. A questão do antidoping e os procedimentos para seguir fazer testes nos atletas também serão temas de discussão.
O encontro do Comitê Executivo também irá tratar da evolução dos trabalhos da força-tarefa batizada “Tokyo 2020 – Here We Go” (em português, algo como Tóquio 2020 – Vamos em frente). Este grupo trata das questões mais delicadas que envolvem a remarcação da Olimpíada para o ano que vem. A expectativa é que uma versão consolidada do novo calendário de qualificações olímpicas esteja sendo finalizada.
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Entre os temas que devem ser discutidos, certamente estarão detalhes como o custo pela remarcação e o que cada lado envolvido na organização (COI e comitê organizador) deverá arcar. Bem possível ainda que sejam discutidas as opiniões pouco otimistas do próprio primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. Ele coloca a realização da Olimpíada sob dúvidas, caso a pandemia não seja controlada.
Ainda na quinta-feira, Thomas Bach deverá conceder uma coletiva, também via teleconferência. A conferir se o mandatário do COI terá boas notícias para relatar.