Será muito difícil alguém, mesmo sem ser fanático por esportes, não ficar abalado com a morte de Kobe Bryant neste domingo (26), vítima de uma queda de helicóptero. Eu diria que é simplesmente impossível.
Uma tragédia que fica ainda mais dramática após a confirmação de que uma das filhas de Kobe, Gianna, de apenas 13 anos, estava entre as vítimas. Pelas informações disponíveis, eles estavam indo assistir a uma partida de basquete. A filha seguia os passos do pai nas quadras e quem já a havia visto em ação dizia que tinha muito talento.
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Para ter uma ideia da dimensão do que foi Kobe Bryant, recomendo uma rápida passagem pelas redes sociais. A repercussão tem explicações que vão além da empatia por um adeus tão precoce, apenas aos 41 anos. É indiscutível que ele está naquela prateleira dos maiores heróis do esporte em todos os tempos, englobando todas as modalidades.
Como muito bem comparou o companheiro André Kfouri, colunista do Lance!, Kobe Brayant foi o Michael Jordan de um geração que não viu Jordan jogar. Ao construir toda sua carreira no Los Angeles Lakers, Kobe redefiniu o jogo a partir do final de anos 90 até sua despedida, em 14 de abril de 2016, numa vitória sobre o Utah Jazz onde marcou simplesmente 60 pontos. O último ato de uma carreira marcada por atuações espetaculares, esbanjando categoria e um poder ofensivo impressionante.
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Por ironia do destino, no último sábado (25) ele foi superado por outro gigante das quadras, LeBron James, do posto de terceiro maior cestinha da história da NBA. O último post no Twitter de Kobe Bryant foi uma homenagem ao colega, maior nome atual do Lakers.
Cinco vezes campeão da NBA, Kobe também teve seu nome escrito na história das Olimpíadas. Foi chamado para disputar a Olimpíada de Pequim-2008, quando os Estados Unidos tentariam o prestígio após a derrota para a Argentina na semifinal de Atenas-2004. E deu um show à parte na campanha do ouro americano, anotando 120 pontos em toda a competição, 20 deles na final contra a Espanha. Quatro anos depois, novamente brilhou em Londres-2012, com 97 pontos marcados na competição e levando para casa uma nova medalha de ouro.
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Para quem não sabe, Kobe Bryant também tinha uma forte ligação com o Brasil. Muito em razão da amizade de seu pai, Joseph, com Oscar Schmidt. Os dois jogaram juntos no basquete da Itália e inspirado no brasileiro, Kobe começou a treinar arremessos de três pontos no quintal de sua casa.
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As imagens que pipocam de homenagens dos clubes da NBA neste domingo – que aliás mostrou uma insensibilidade e falta de jogo de cintura ao não cancelar a rodada -, dão um pouco da dimensão do que foi Kobe Bryant. Não apenas para o basquete, mas para o esporte mundial.
Obrigado por tudo, Kobe!