Na categoria acima de 100kg do judô nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), em Brasília, Lucas Lima se sagrou campeão na capital federal, em disputa que ocorreu na última quinta-feira (10). Após a decisão, ele falou com o Olimpíada Todo Dia e contou sobre a enorme exigência para se manter no topo no esporte de alto rendimento.
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“A galera fala que o esporte é saúde, mas alto rendimento é porrada, é guerra, não é saúde. Tem um lado de saúde, mas a gente busca sempre o limite do corpo. Treinamos entre o limite e a lesão, tem que estar ali passando um pouquinho o limite, mas não pode passar muito para não se lesionar, então essa parte é a mais difícil”, explicou Lucas. “No treino é mais difícil, aqui (na competição) a gente está treinado a cabeça e o corpo, principalmente cabeça e coração” completou.
Na final do torneio universitário, o atleta da UNIP-SP derrotou Daniel Nazaré, da Unama-PA, com um waza-ari alcançado já no golden score da disputa. Lucas Lima falou sobre sua estratégia na luta e o que pensou no momento decisivo. “No começo, a minha ideia, era pegar duas golas ou gola e manga e trazer, só que não tava dando certo. Aí eu passei a fazer uki-waza (golpe “se jogando”) pra colocar volume, não cair e cansar ele. Já no final eu estava cansado, mas eu senti que ele estava cansando. Naquele momento eu soube: “vou acertar um golpe”. E aí continuei, persisti, persisti e conseguir acertar um golpe”, contou.
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Preparação para outras competições
Após a recente mudança de categoria para o acima de 100kg, Lucas Lima já conseguiu um resultado importante no início do ciclo, visando os Jogos Olímpicos de Los Angeles-2028. Em setembro, ele levou a medalha de bronze no Grand Prix de Zagreb, na Croácia, junto com a seleção brasileira. O judoca falou como a disputa dos Jogos Universitários auxilia na preparação para outros torneios.
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“É o meu quarto JUBs. É uma competição diferente, no judô é bem difícil de participar de um jogos assim. Tem Jogos Pan, que é outro nível, Jogos Olímpicos, Jogos Mundiais Militares, Jogos Mundiais Universitários. Eu gosto de encarar o JUBs como um treino para essas outras competições internacionais de altíssimo nível. E é excelente, porque a gente tem a vivência de uma competição dessas”, finalizou.