Paris – Brenda Freitas tinha tudo para ser campeã paralímpica em Paris. E chegou a ser por alguns segundos. A brasileira projetou chinesa Liu Li na final dos 70kg J1, teve ippon computado, mas logo a revisão de vídeo retirou a pontuação. Depois, a adversária também teve waza-ari retirado do placar. Ao final, Liu conquistou o título com imobilização no golden score.
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A brasileira não escondeu as lágrimas após a derrota na decisão. “A sensação é muito ruim, num momento de você ser campeã e no outro você tem que voltar. Mas é isso. O esporte é isso, né? Mas no contexto geral, eu tô com um sentimento de frustração, né, de ter perdido”, explicou entre lágrimas na zona mista após o evento.
Para o sensei da atleta, Jaime Bragança, o golpe polêmico não tem dúvidas. “Para mim foi ippon. O ângulo que eu estava, a ação deu continuidade, mas os árbitros estão lá com o vídeo, eles conseguem avaliar melhor. E foi exatamente isso, eles tiraram a pontuação por causa da continuidade do golpe, da ação. Mas a arbitragem tá aqui com os vídeos, eles têm várias câmeras, mas a gente queria o ippon”, analisou o técnico de Brenda.
Lição a se aprender
Ainda triste com o resultado, Brenda procura tentar analisar a campanha pelo lado positivo, principalmente nas fases eliminatórias, em que teve vitórias importantes para chegar na final. “No contexto geral, pensando em tudo que eu venho treinando, eu acho que eu consegui executar bastante coisas, então acho que eu ainda não tô curtindo minha medalha por conta da derrota na final. Mas por outro lado, eu evoluí bastante desde o momento em que eu entrei na seleção, eu vim pegando as experiências dos campeonatos. Então eu acho que isso me ajudou bastante a chegar onde eu cheguei hoje, a lutar do jeito que eu lutei. É isso, bola pra frente, agora é voltar me dedicando mais, treinando mais, consertar os erros para daqui pra frente colher o melhor possível”, contou.
