Paris – Poucos minutos depois de Rosi Andrade, por pouco o judô brasileiro não assegurou sua segunda medalha paralímpica em Paris-2024. Elielton Oliveira perdeu para o indiano Kapil Parmar, líder do ranking mundial, e ficou em quinto lugar na categoria até 60kg da classe J1 (atletas cegos), na tarde desta quinta-feira (05), na Champ-de-Mars Arena.
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Vice-líder do ranking mundial, Elielton teve uma campanha de três lutas nas preliminares até chegar na disputa pelo bronze. Ele estreou com derrota nas quartas de final contra o argelino Abdelkader Bouamer e teve que ir para a repescagem. Por lá, precisou bater o tailandês Vitoon Kongsuk e o português Miguel Vieira para se garantir na briga pelas medalhas.
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Valendo um lugar no pódio, o brasileiro teve um adversário muito complicado. Ele enfrentou Kapil Parmar, número um do mundo em sua categoria, que havia sido derrotado na semifinal. O indiano tomou a iniciativa do combate e realizou entradas logo nos primeiros segundos. Aos 33 segundos, ele conseguiu a projeção e anotou um ippon. Parmar levou o bronze, enquanto Elielton ficou sem medalha.
“O judô é um esporte de oportunidade, meu oponente conseguiu ser rápido e aproveitar a oportunidade que ele teve”, disse Elielton. “O pensamento é voltar, treinar mais e se preparar para Los Angeles. Eu evolui bastante. Tenho um excelente técnico, uma excelente equipe, terminei o ciclo como o segundo lugar do mundo e cheguei brigando pelo terceiro lugar, então a gente continua no mesmo caminho, treinando forte, que a gente vai chegar lá”.
Primeira aparição paralímpica
Esta foi a estreia de Elielton Oliveira em Jogos Paralímpicos. Ele é de Manaus, no estado o Amazonas, e tem 28 anos de idade. O atleta perdeu a visão aos 12 anos de idade, em um acidente com arma de fogo. Começou a praticar o judô em 2014 e ingressou a seleção brasileira adulta paralímpica oito anos de pois, em 2022.