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Paris 2024

Michel Augusto se aproxima de vaga olímpica com título no Pan

Michelzinho abriu 700 pontos de vantagem na categoria até 60kg e encaminhou vaga olímpica para Paris

Michel Augusto aponta para logo da CBJ após encaminhar classificação para Paris-2024
(Foto: Anderson Neves/CBJ)

O brasileiro Michel Augusto encaminhou sua classificação para os Jogos Olímpicos de Paris-2024 depois de conquistar o título no Campeonato Pan-Americano e da Oceania de Judô, no Rio de Janeiro, no último final de semana. Ele subiu para a 24ª colocação geral do ranking olímpico da categoria até 60kg, em atualização divulgada nesta segunda-feira (29), e abriu mais de 700 pontos em relação ao primeiro atleta fora da zona de classificação.

O peso ligeiro masculino é uma das quatro categorias do judô em que o Brasil ainda não tem vaga olímpica assegurada para Paris-2024, mas é a que o país tem a situação mais confortável. Michelzinho ganhou 700 pontos com o ouro na competição continental e atingiu os 2.366 pontos, subindo cinco posições no ranking olímpico. Agora, ele aparece em 24º lugar e está ficando com a penúltima vaga direta de classificação.

Somente os 17 melhores judocas do ranking de cada cateogira se classificam para Paris, mas há um limite de um atleta por país. O primeiro atleta fora da zona de classificação na categoria de Michel Augusto é o português Rodrigo Costa Lopes, que está em 31º lugar, com 1.665 pontos. Ou seja, o brasileiro de 19 anos tem 701 pontos de vantagem sobre ele, restando apenas três competições para a definição das vagas olímpicas.

Michel Augusto, com judogi branco, no Pan-Americano e da Oceania de Judô
Michelzinho encaminhou classificação olímpica (Foto: Anderson Neves/CBJ)

Michel Augusto estará presente em todos esses eventos finais. Ele disputará o Grand Slam de Dushanbe, no Tadjiquistão, na sexta-feira (03), o Grand Slam de Astana, no Cazaquistão, a partir de 10 de maio, e o Campeonato Mundial, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, entre 19 e 23 de maio. Cada Grand Slam dará 1.000 pontos no ranking olímpico para o campeão, enquanto o Mundial distribuirá até 2.000 pontos.

Ketleyn se aproxima da zona

As outras três categorias em que o Brasil ainda não tem vaga olímpica garantida são femininas: 48kg, 63kg e 70kg. Em todas elas, as judocas do país estão fora da zona direta, mas Ketleyn Quadros está se classificando por meio da cota continental. Ela, que foi medalhista de bronze no Pan, aparece em 23º lugar no ranking olímpico da categoria até 63kg, com 2.669 pontos. A primeira atleta dentro da zona direta é a chinesa Tang Jing, com 2.785 pontos.

Ketleyn Quadros, do judô, com entrada em australiana
Ketleyn ganhou pontos importantes no continental (Foto: Anderson Neves/CBJ)

Se Ketleyn pegar uma vaga direta, beneficia suas compatriotas, uma vez que a cota continental passaria para uma brasileira de outra categoria. Ketleyn não disputará o evento em Dushanbe, como forma de preservação física, e irá apenas para o Grand Slam de Astana e o Mundial de Abu Dhabi. Ela precisará chegar, no, mínimo, até as quartas de final do Grand Slam ou da fase de 16 avos do Mundial para tentar entrar na zona.

Repasse da cota continental

Caso Ketleyn Quadros se classifique de forma direta, a cota continental passaria para Natasha Ferreira, na categoria até 48kg. Ela está em 31º lugar no ranking, com 2.186 pontos. A última classificada de forma direta é a alemã Katharina Menz, com 2.482 pontos. Natasha, quinta colocada no Pan, disputará as três últimas competições da corrida olímpica. Neste mesmo peso, Amanda Lima, bronze no continental, é a 36ª colocada, com 1.824 pontos.

Um outro ponto a se destacar é que, neste momento, Natasha pode ser beneficiada com uma realocação de vagas. Isto porque a Oceania tem direito a dez cotas continentais (cinco homens e cinco mulheres), mas só seis países do continente estão no ranking, incluindo só um no feminino (Guam). A vaga de realocação só será oferecida se outros países não entrarem no ranking a tempo.

Natasha Ferreira e Amanda Lima se enfrentando no Pan de Judô
Amanda e Natasha fizeram confronto direto por Paris-2024 no Pan de judô (Foto: Anderson Neves/CBJ)

Por fim, Luana Carvalho subiu para o 26º lugar na categoria até 70kg após o bronze no Pan. Ela tem 1.960 pontos e está a 277 pontos da húngara Szabina Gercsak, última classificada neste momento. A brasileira precisará chegar nas quartas de final de algum dos dois Grand Slams restantes ou na fase de 16 avos do Mundial para pontuar. Uma medalha no Grand Slam ou um top-8 no Mundial lhe ajudará a entrar na zona de classificação.

As outras categorias

O Brasil tem dez atletas classificados para os Jogos Olímpicos de Paris-2024, que inclusive já foram pré-convocados pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ) antes do fechamento dos rankings: Larissa Pimenta (52kg), Rafaela Silva (57kg), Mayra Aguiar (78kg), Beatriz Souza (+78kg), Willian Lima (66kg), Daniel Cargnin (73kg), Guilherme Schimidt (81kg), Rafael Macedo (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg) e Rafael Silva (+100kg).

Dentre os classificados, sete estão no top-8 de suas respectivas categorias, estando em posição para serem cabeças de chave dos torneios olímpicos de judô. São eles: Beatriz Souza (3ª), Guilherme Schimidt (81kg), Willian Lima (4º), Rafaela Silva (4ª), Daniel Cargnin (5º), Mayra Aguiar (8ª) e Leonardo Gonçalves (8º). Larissa Pimenta, Rafael Macedo e Rafael Silva estão em décimo lugar e lutam para entrar no top-8.

Paulistano de 23 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri a Universíade de Chengdu, o Pan de Santiago-2023, a Olimpíada de Paris-2024 e a Paralimpíada de Paris-2024.

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