Mariana Silva está se despedindo dos tatames. Nesta quarta-feira (3), a judoca de 33 anos de idade anunciou sua aposentadoria como atleta. Ao longo de sua carreira na seleção brasileira de judô, a paulista natural de Peruíbe representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e Rio-2016 meio-médio feminina (63kg).
“É com muita alegria e gratidão (…) que eu me despeço dos tatames. Foram anos de muitas lutas, vitórias, derrotas e muito aprendizado. Sou muito grata a Deus, primeiramente, por ter me guiado a esse caminho esportivo que mudou completamente a minha vida. Por todos os anjinhos que me impulsionaram e, muitas vezes, me levaram no colo para que eu conseguisse realizar o meu sonho olímpico”, declarou a judoca.
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No ciclo para Tóquio 2020, Mariana enfrentou o maior desafio que um atleta pode encarar. Ela sofreu uma lesão grave no joelho que freou suas possibilidades de buscar uma terceira participação. Apesar disso, continuou acreditando no sonho, superando os obstáculos até sua última competição, a Seletiva Olímpica Paris 2024.
Carreira
Mari começou no judô aos sete anos de idade, no projeto social Curumim Budokan de Peruíbe. Ela se destacou rapidamente e, em seguida, conseguiu participar de um intercâmbio esportivo no Japão, onde estudou e treinou judô dos 15 aos 19 anos. No Brasil, representou a Academia Rogério Sampaio (SP), o Minas Tênis Clube (MG), o Instituto Arrasta (MG) e o Esporte Clube Pinheiros (SP).
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Defendendo as cores do Brasil internacionalmente, Mariana conquistou medalhas em etapas de Grand Slam e Grand Prix, o título pan-americano em 2016 e foi bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015. Além disso, se sagrou campeã dos Jogos Mundiais Militares individual e por equipes, em Mungyeong 2015.
Campanha na Rio-2016
Mariana Silva conquistou seu resultado mais expressivo nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Ainda nas preliminares, ela bateu a campeã europeia Martyna Trajdos e a campeã mundial Yarden Gerbi. As derrotas na semifinal e na disputa pelo bronze não anularam a campanha honrada e histórica, que encerrou com a quinta colocação.
“Obrigada a todos que torceram, vibraram e choraram comigo nas Olimpíadas do Rio, foi muito especial. (Sou) A única mulher (brasileira) a disputar uma medalha olímpica na categoria meio-médio até hoje. Espero e irei torcer muito para que esse feito seja quebrado esse ano, que, para mim, já é um lindo ano, pois é um ano olímpico”, concluiu.
*Com informações da Confederação Brasileira de Judô (CBJ)
