Larissa Pimenta chegou muito perto do pódio do Grand Slam de Tóquio, mas terminou em quinto lugar após perder para a francesa Astride Gneto nas quartas e para a israelense Gefen Primo na disputa de bronze. O resultado sedimentou sua posição de melhor brasileira no ranking da Federação Internacional de Judô nos 52kg se distanciando da Jessica Pereira. A outra brasileira na chave caiu nas oitavas de final para a japonesa Abe Uta.
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Mas ao mesmo tempo, ela viu um grupo de oito atletas se descolar na corrida olímpica dos 52kg e a chance dela ser cabeça de chave nos Jogos Olímpicos de Paris está cada vez mais distante. O top8 é essencial para o sorteio, podendo evitar que ela cruze com a japonesa Abe Uta de forma precoce, por exemplo, como aconteceu em Tóquio-2020
A campanha de Larissa Pimenta no Grand Slam de Tóquio
Cabeça número 4 da competição, ela começou levando um golpe fatal da japonesa Kamiya Rin. Porém, o veneno se virou contra a japonesa, pois ela aplicou um golpe proibido pela FIJ e portanto Larissa passou de fase. Em seguida, ela passou nos shidos diante da croata Ana Viktorija Puljiz.
Diante da francesa Astride Gneto nas quartas de final, a brasileira não conseguiu encontrar seu melhor jogo e recebeu três shidos no espaço de dois minutos, indo para a repescagem. A francesa não é titular da categoria e já está fora dos Jogos Olímpicos de Paris-2024.
Na repescagem, Larissa Pimenta venceu a polonesa Aleksandra Kaleta que levou três shidos da arbitragem e portanto a brasileira enfrentou a israelense Gefen Primo pelo bronze. A luta foi disputada, sem qualquer pontuação. A brasileira levou o terceiro shido com um minuto de golden score e terminou portanto em quinto lugar.
Foi o quarto encontro das duas de acordo com os arquivos da Federação Internacional de Judô. Primo saiu com a vitória na terceira rodada do Mundial de 21, na repescagem do Mundial de 22 e na disputa do bronze do Grand Slam de Paris em 2023.
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Jessica Pereira no caminho de japonesa campeã olímpica
Jessica Pereira estreou com um Ippon diante de Iran Shahzadi, do Paquistão. Porém, em seguida teve uma parada quase impossível diante da japonesa Abe Uta e chegou a forçar um shido contra a atleta da casa, mas levou dois waza-aris e foi derrotada ainda na segunda rodada. Abe Uta é uma das estrelas do judô japones. Aos 23 anos já é tetracampeã mundial da categoria, além de ter sido ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, no mesmo dia de seu irmão Hifumi.
Abe Uta temrinou com o título no Grand Slam de Tóquio ao vencer Gneto na final.
Larissa Pimenta se fortalece na corrida olímpica da 52kg mas vê condição de cabeça cada vez mais longe
O resultado é importante para Larissa se fortalecer na corrida olímpica. Ela entrou no Grand Slam de Tóquio como 14ª colocada, com 1988, enquanto Jessica era 15ª com 1770. Porém, Larissa tem a vantagem de ter poucos pontos acumulados na segunda metade do calendário.
Com 360 pontos garantidos, chega a 2348, e ultrapassa quatro adversárias para chegar ao décimo lugar na corrida olímpica. Mas ao mesmo tempo, ela vê a condição de cabeça-de-chave cada vez mais longe.
Com a ida da húngara Pupp Reka, da israelense Gefen Primo e da japonesa Abe Uta para as semifinais, essas três, além de Amandine Buchard (França), Distria Krasniqi (Kosovo), Diyora Keldiyorova (Uzbequistão), Odette Giuffrida (Itália) e Chelsie Giles (Rreino Unido), formam um grupo cada vez mais isolado do “top8” na corrida olímpica.
A japonesa Abe Uta, atualmente é a oitava com 3850. Se Pimenta tivesse vencido Primo, por exemplo, iria para 2488, o que ainda a deixaria distante. Em nono, está a alemã Mascha Ballhaus com 3292 pontos, mas com mais resultados no segundo período e portanto menos margem para subir.