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Judô

Novas regras do judô diminuem o tempo das lutas e decretam fim do yuko

A Federação Internacional de Judô publicou as novas regras que vão regulamentar as competições da modalidade no próximo ciclo olímpico, passando por um período de testes a partir do Aberto Continental da África, em janeiro, até o Campeonato Mundial de Budapeste, em setembro de 2017. Entre as principais propostas de mudanças estão o fim do yuko e a redução do tempo de luta dos homens de cinco para quatro minutos, assim como é na competição feminina.
De acordo com o comunicado oficial da entidade, o objetivo dessas adaptações à regra é promover uma disputa mais clara e dinâmica.  “Toda mudança, a princípio, gera uma rejeição, que é natural. Ainda mais quando não há uma discussão mais ampla, envolvendo mais países, técnicos e atletas”, pondera Ney Wilson, gestor de Alto Rendimento da CBJ. “Eu entendo que a Federação Internacional tem uma preocupação grande com a imagem, com a divulgação do judô na mídia e, por isso, vem tentando adaptar o esporte à televisão. Diminuir o tempo de luta, por exemplo, é uma medida que visa ao dinamismo exigido pelas transmissões de TV. Ainda é cedo para fazer uma avaliação mais profunda de todas as mudanças, pois precisamos ver essas novas regras como ficarão na prática. O nosso primeiro grande teste será no Grand Slam de Paris, em fevereiro, e teremos um treinamento de campo em janeiro para trabalhar isso com a seleção.”
Ainda segundo a FIJ, as novas regras foram elaboradas a partir de propostas de Federações Nacionais e dos 20 diretores do Comitê de Coordenação da FIJ. Em janeiro, elas serão apresentadas no Seminário Internacional de Técnicos e Arbitragem, que acontecerá, em Baku, no Azerbaijão. Durante o período de testes, a nova regulamentação poderá ser corrigida se necessário.
“A forma de preparar o atleta para uma luta de cinco minutos é diferente da forma de preparar o mesmo atleta para um combate de quatro minutos. Eu colocaria, no mínimo, seis meses de adaptação para os atletas, técnicos e os árbitros também”, completa Ney.
Veja abaixo os principais pontos das adaptações à regra:
. Duração do combate
– Duração de 4 minutos de luta para homens e mulheres, respeitando a igualdade de gêneros como desejava o Comitê Olímpico Internacional e tempo de luta unificado para a disputa por equipes mistas nos Jogos Olímpicos.
– Apenas pontuações (waza-ari e ippon) decidirão a luta.
. Golden Score
– No caso em que não haja pontuação, ou que haja empate em pontuação, a luta continuará no Golden Score
– Toda pontuação e/ou penalidade do tempo regulamentar permanecerá no placar
– A decisão no Golden Score será pela diferença de pontuação ou shido.
. Avaliação dos pontos
– Fim do yuko. O que era yuko valerá agora como waza-ari. Só haverá pontuação por waza-ari e ippon
– Os waza-aris acumulam, mas não se somam mais. Dois waza-aris não serão equivalentes a ippon
– Imobilização (Osae Komi): 10 segundos para waza-ari e 20 segundos para ippon
. Penalidades
– Máximo de três shidos, no lugar de quatro
– O terceiro shido torna-se Hansoku Make (desclassificação)
– Ações de kumikata (pegada no judogi) não serão mais penalizadas: pegada cruzada, pegada “pistola/torniquete”, pegada com dedos por dentro da manga, pegada do mesmo lado.
– Kumikata não será penalizado enquanto o Tori estiver preparando um ataque, mas posições negativas serão penalizadas
– O tempo para fazer uma pegada e um ataque será de 45 segundos
– Em caso de atitude defensiva, será dado um shido
– Catada na perna será penalizada primeiro com um shido e, se acontecer uma segunda vez, será hansokumake.
. Segurança
– Se o Uke tentar evitar uma queda com qualquer movimento que coloque em risco sua cabeça, pescoço ou coluna ele deve ser penalizado com Hansoku Make
. Pontos do Ranking Mundial
– Os pontos serão modificados. Propostas serão feitas em breve.
– Medalhistas de Campeonato Mundial Junior levarão os pontos dessa competição para o Ranking Mundial Sênior

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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