8 5
Siga o OTD

Judô

Instituto Reação é campeão da Taça Brasil Sub-21 de judô

Na estreia da disputa por equipes mistas na competição, o clube carioca superou seu conterrâneo por 4 a 1

Taça Brasil Sub-21 de Judô Instituto Reação
(Anderson Neves/CBJ)

O Instituto Reação foi o grande campeão da inédita disputa por equipes mistas da Taça Brasil Sub-21 de Judô. Neste domingo (16), o clube carioca venceu o Flamengo, seu conterrâneo, pelo placar de 4 a 1, no Ginásio do Tarumã, em Curitiba, e entrou para a história do judô nacional como o primeiro medalhista de ouro da competição.
+ Compartilhe no WhatsApp
+ Compartilhe no Telegram

“Isso é um sinal que nosso trabalho está sendo feito de forma correta. A gente vem, cada dia mais, fortalecendo nossa base, já que isso aqui é o futuro do judô brasileiro. Eu acho muito importante ter essas competições por equipes, porque é uma categoria olímpica e vale uma medalha. Quanto mais a gente tiver competições de alto nível, mais vamos nos fortalecer, porque é diferente. O espírito é diferente, o jeito de lutar é diferente. Então acho que estar sempre competindo te faz se acostumar com o ambiente e chegar preparado”, avaliou Raquel Silva, técnica do Reação.

O ouro do clube na competição por equipes se juntou ao título de campeão geral nas disputas individuais, realizadas no sábado (15), primeiro dia de competição. Para Gabriel Santos (+100kg), peso pesado do Reação e campeão da Taça Brasil, tudo veio pela união dos atletas e da comissão técnica.

“Nosso desempenho foi bom. Tivemos algumas dificuldades no caminho, mas conseguimos passar por todas como uma equipe, juntos. O fato de nós sermos tão unidos como uma família fortaleceu essa vitória. Todo mundo dentro do Reação é muito amigo, então estamos sempre ali torcendo um pelo outro”, comemorou.

Caminho até o título

No caminho até a grande final, o Reação passou pelo Henkan Judô-SC, pela Sociedade Morgenau-PR e pelo Minas Tênis Clube. Na decisão contra o Flamengo, as vitórias vieram com Gabriel Falcão (-73kg), Cauâ Galdeano (-90kg), Ana Soares (+70kg) e Gabriel Santos (+90kg). No lado rubro-negro, Maria Avelino (-70kg) foi a responsável por garantir a única pontuação.

Já o Flamengo chegou à disputa pelo ouro após vencer o Judô Yada-MS, o Projeto Olhar Futuro-SP e o Esporte Clube Pinheiros-SP. Destaque para a semifinal contra o clube paulistano, onde começou perdendo por 3 a 0, empatou e, na luta decisiva, conseguiu reverter o placar para 4 a 3 com um ippon de Kauan Jorge dos Santos (-90kg).

Minas e Pinheiros ficam com as medalhas de bronze

Além disso, no primeiro confronto pelo bronze, o Minas Tênis Clube venceu o Paineiras do Morumby-SP pelo placar de 4 a 3, com um waza-ari de Kaillany Cardoso (-70kg) na luta desempate. Na saga até a medalha, o clube mineiro passou pela Umbra-Vasco (4×3), pelo SESI-SP (4×3) e caiu nas semis para o Reação (4×1).

Já no segundo confronto pelo bronze, o Esporte Clube Pinheiros venceu o SESI-SP por 3×2, quando Sarah Souza (-57kg) superou Gyovanna Andrade por acúmulo de shidos. Até a medalha, o clube paulistano passou pelo Judô Aliança (3×2), pelo Paineiras do Morumby (4×2) e caiu nas semis para o Flamengo.

Competição por equipes mostrou alto nível no judô brasileiro

Na estreia das disputas por equipes mistas no Taça Brasil Sub-21, seis confrontos precisaram passar pelo sorteio da luta desempate e tiveram o placar de 4 a 3, um reflexo do alto nível do judô nacional.

A iniciativa da Confederação Brasileira de Judô em implementar mais competições no modelo visa a preparação dos atletas para grandes competições internacionais, como o Campeonato Mundial e os Jogos Olímpicos. A estreia foi no Campeonato Brasileiro Sub-21, em outubro de 2022, e a próxima parada será no Aberto Nacional Sub-23, no final de maio. Além disso, o calendário também conta com o tradicional Grand Prix Nacional, que, junto ao Troféu Brasil, reúne os principais judocas do país.

“Essas competições por equipes são muito importantes. Nós temos esse formato nos Mundiais Cadete e Júnior e a implementação no cenário nacional ajuda que os atletas estejam bem preparados para quando se depararem com esse sistema em grandes eventos lá fora”, avaliou Marcus Agostinho, técnico das Seleções Brasileiras Sub-18 e Sub-21 de Judô.

*Com informações da Confederação Brasileira de Judô

Jornalista capixaba formado na PUC-SP e amante dos esportes olímpicos e paralímpicos.

Mais em Judô