8 5
Siga o OTD

Paralimpíada Todo Dia

Com medalhistas em ação, Grand Prix de judô reúne 117 atletas

Alana Maldonado Grand Prix de judô paralímpico Alana Maldonado ouro Jogos Paralímpicos judô paralímpico Tóquio saúde mental
Ale Cabral/CPB

O Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, será sede da primeira etapa do Grand Prix de judô de 2022, neste sábado, 19, a partir das 9h. Ao todo, a competição reunirá 117 atletas, sendo 81 atletas homens e 36 mulheres. Entre os judocas presentes estarão Alana Maldonado, medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, e Antônio Tenório, dono de seis medalhas paralímpicas. Paralelamente ao Grand Prix, o CT também receberá a Copa Loterias Caixa de judô, torneio direcionado para iniciantes na modalidade. 

+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, FACEBOOK E TIKTOK

O Grand Prix será disputado de acordo com as novas regras do judô paralímpico, que entraram em vigor no início deste ano. Até o final do ano passado, judocas das três classificações oftalmológicas – B1 (cego), B2 (percepção de vulto) e B3 (definição de imagem) – lutavam entre si dentro de cada peso. Agora, quem for cego total (B1) só luta contra cego total em uma nova categoria que se chama J1. Quem era B2 e B3 luta apenas contra oponentes dessas mesmas classificações em outra categoria chamada J2.

Além disso, houve alteração na divisão por peso. Foram extintas quatro divisões do masculino e se criou uma nova para os pesados, que será acima de 90 kg. No feminino, duas divisões foram excluídas. As categorias ficaram assim: 

Masculino
até 60 kg
até 73 kg
até 90 kg
acima de 90 kg

Feminino
até 48 kg
até 57 kg
até 70 kg
acima de 70 kg

Um dos judocas inscritos no Grand Prix, Harlley Arruda costuma pesar 88 kg e disputava na categoria até 81 kg, uma das que foram extintas pela Federação Internacional dos Desportos para Cegos (IBSA, na sigla em inglês). Agora, ele terá que lutar na categoria até 73 kg, ou seja, para estar no torneio, ele fez um planejamento para perder 15 kg. 

“Tem quase dois meses que estou sem arroz, feijão, pão, macarrão. E não estou sentindo falta, ainda bem. Só finto falta de um suquinho de frutas bem gelado após a comida, mas não posso”, relatou o mineiro de 42 anos, que perdeu a visão dos dois olhos em 1999, após um acidente com arma de fogo. 

Depois do Grand Prix de judô neste sábado, a Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV), entidade responsável pela modalidade no país, ainda organizará mais uma etapa da competição no segundo semestre deste ano. 

Mais em Paralimpíada Todo Dia