Tóquio – O judô brasileiro conquistou o primeiro ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Pelo terceiro e último dia da modalidade na capital japonesa, Alana Maldonado fez uma campanha perfeita para conquistar a medalha de ouro na categoria até 70kg. Esta é a segunda medalha paralímpica da judoca, que já havia conquistado a prata na Rio 2016.
O último dia de competições do judô em Tóquio ainda rendeu uma medalha de bronze para o Brasil, com Meg Emmerich. Vale lembrar que o Brasil já havia conquistado um bronze nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, com Lúcia Araújo.
Alana Maldonado é ouro!
Na rota para a final, Alana Maldonado (70kg) foi rápida e objetiva. A brasileira entrou como cabeça de chave número e, portanto, começou a campanha pelas quartas de final. Lá enfrentou a italiana Matilde Lauria, também cabeça de chave, e venceu com um uchi-mata logo a sete segundos de luta.
A seguir, na semifinal, enfrentou a turca Raziye Ulucam e, com o mesmo golpe, bateu a adversária ainda na primeira metade do duelo, classificando-se para a final. Na decisão, a adversária foi a georgiana Ina Kaldani. Numa luta controlada, a brasileira aplicou um waza-ari logo nos primeiros minutos de confronto e administrou bem a vantagem para definir o ouro.
“A ficha está caindo aos poucos. Foram cinco anos de muito trabalho e incertezas. Muita coisa que eu passei, tanto pessoal quanto profissional, não foi fácil. Mas hoje, posso dizer com a certeza de que tudo valeu a pena”, declarou Alana Maldonado após o pódio.
Com a medalha, Alanha Maldonado se ratifica como o grande nome da sua categoria já que além do ouro conquistado em Tóquio, a judoca já havia se sagrado campeã mundial no último torneio desde calibre, disputado em novembro de 2018.
Meg conquista o bronze
Meg Emmerich (+70kg) foi outra brasileira que fez duas lutas antes de chegar na disputa da medalha. Venceu a japonesa Minako Tsuchiya por ippon encaixando um tai-otoshi ainda nos primeiros 30 segundos de luta. A seguir, caiu na semifinai sendo derrotada por Dursadaf Karimova. A representante do Azerbaijão começou na frente marcando um waza-ari por meio de um uki-otoshi, Meg empatou com um sumi-otoshi, mas a azeri venceu no uki-waza. Assim, a brasileira foi para a disputa do bronze.
Na luta decisiva pela medalha, a judoca brasileira enfrentou Altantsetseg Nyamaa, da Mongólia. Logo no primeiro minuto do duelo, Meg Emmerich conseguiu encaixar um ippon sobre a rival e confirmou a sua medalha de bronze, a terceira para o Brasil no judô nos Jogos Paralímpicos de Tóquio.
Antonio Tenório
Já Antonio Tenório (100kg), um dos maiores nomes do judô paralímpico mundial, também entrou pelas quartas de final, vencendo o Ion Basoc, da Modávia, por ippon com um sumi-otoshi. A seguir, porém, foi superado pelo americano Ben Goodrich no golden score da semifinal e foi para a disputa do bronze contra Sharif Khalilov. A luta contra o uzbeque começou boa para o brasileiro, que aplicou waza-ari logo nos primeiros segundos de combate. No entanto, restando dois segundos para o final da luta, Antonio Tenório sofreu da mesma moeda do rival e a luta se estendeu para o golden score, vencido pelo uzbeque com por um ippon.
Dono de seis medalhas paralímpicas, sendo quatro ouros, uma prata e um bronze, Antonio Tenório fica fora do pódio pela primeira vez numa edição de Jogos Paralímpicos em sua carreira.
Arthur e Wilians Araujo
Arthur Cavalcante da Silva (90kg) venceu o venezuelano Hector Rodriguez por Fusen-gachi, ou seja, o rival não apareceu para a luta. A seguir, o brasileiro foi superado pelo iraniano Vahid Nouri no estrangulamento e caiu para a repescagem. Lá, venceu o japonês Haruka Hirose na imobilização e chegou na luta da medalha. Na decisão pelo pódio, Arthur Cavalcante acabou superado pelo ucraniano Oleksandr Nazarenko por ippon relâmpago e fechou competição na quinta colocação.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, NOINSTAGRAM E NO FACEBOOK
O outro brasileiro que competiu no dia, Wilians Araujo (+100kg), foi superado pelo cubano Yordani Sastre na estreia, perdeu por ippon, sendo eliminado.