Bicampeão olímpico, o austríaco Peter Seisenbacher, de 60 anos, foi condenado por abuso sexual e estupro de menores neste sábado (11), em Viena, após um longo processo. A Suprema Corte rejeitou o pedido de anulação por invalidez apresentado pela defesa do ex-judoca, conforme explicou um porta-voz do Ministério Público à AFP.
Agora, o processo contra Peter Seisenbacher vai para o Tribunal de Apelação de Viena, que decidirá sobre a validade da pena de cinco anos de prisão em primeira instância, proferida em janeiro. O ex-judoca foi tido como culpado de três acusações, incluindo estupro de menores.
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A primeira vítima, então com nove anos, testemunhou que foi forçada a ter relações sexuais com Peter Seisenbacher por três anos. A segunda tinha 13 no momento da denúncia, enquanto a terceira, de 16 anos, levou à Justiça uma acusação de tentativa de agressão sexual durante um acampamento. Os crimes teriam acontecido no começo dos anos 2000, mas as denúncias começaram a ser feitas em 2014.
Após não comparecer ao primeiro julgamento em 2016, Peter Seisenbacher teve um mandado de prisão internacional emitido. O austríaco pediu asilo na Ucrânia, mas teve a solicitação negada e tentou fugir com documentos falsos. Ele acabou extraditado de volta à Áustria em setembro do ano passado, onde acabou condenado.
Trajetória dentro e fora do tatame
Após estrear nos Jogos Olímpicos em Moscou 1980 sem conseguir medalhas, Peter Seisenbacher conquistou o bicampeonato em Los Angeles 1984 e Seul 1988 na categoria até 80 kg. Além dessas medalhas, foi campeão mundial da modalidade em 1985 e europeu no ano seguinte.
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Depois de encerrar a carreira como atleta, Peter Seisenbacher passou a atuar como treinador. Ele comandou as equipes da Geórgia, Azerbaijão e de seu país natal, a Áustria.