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Diário Esportivo: eis a coluna desta sexta

Flávio Canto busca o maior ippon da carreira

Neste final de semana, o judoca Flávio Canto, inglês de nascimento e carioca de coração, tentará em terras francesas alcançar o sonho de ir aos Jogos Olímpicos de Pequim. A Super Copa do Mundo de Paris — torneio que só perde em tradição na modalidade para as próprias Olimpíadas e para o Campeonato Mundial — é uma das últimas oportunidades para Canto, de 32 anos, conseguir carimbar seu passaporte olímpico pela terceira vez, na categoria meio-médio (até 81 kg). Bronze nos Jogos de Atenas-04, Flávio Canto também esteve presente em Atlanta-96, quando terminou em sétimo lugar, com apenas 21 anos.

Curiosamente, o maior obstáculo de Canto para realizar seu sonho não estará exatamente em Paris e sim aqui mesmo no Brasil. Por um destes caprichos que só o esporte proporciona, Canto terá que superar o seu compatriota Tiago Camilo, que simplesmente é o atual campeão mundial na categoria.

Novidades na seletiva
Ao contrário de anos anteriores, quando ocorreram brigas históricas entre o campeão olímpico Aurélio Miguel e o ex-ditador da CBJ, Joaquim Mamede, os critérios para a seletiva olímpica de Pequim estão bem definidos: serão os resultados individuais no tatame que decidirão a parada. E justamente por isso o desafio de Canto é ainda mais complicado.

Corrida desigual
Além de ser obrigado a ter atuações excepcionais no torneio de Paris e na Copa do Mundo de Viena, na semana que vem (de preferência com duas vitórias), Canto terá que “secar” Tiago Camilo na Super Copa do Mundo de Hamburgo e na Copa do Mundo de Praga, ambos marcados para o final do mês. E se Camilo confirmar o favoritismo e igualar a campanha, Canto levará a pior no critério de desempate. E adivinhem qual é este critério? Justamente o ouro obtido por Camilo no último Mundial.

Ano novo, vida nova
Não é só Flávio Canto que busca neste giro europeu sua última chance de ir a Pequim. Aos 34 anos, Vânia Ishii quer usar toda a sua experiência para carimbar o passaporte. Graças a uma péssima temporada em 2007 (quando ficou fora dos Jogos Pan-Americanos), ela está em desvantagem com Danielli Yuri, prata pan-americana. Apenas João Derly (meio-leve) e Érika Miranda (meio-leve), pelos resultados de 2007, estão garantidos nas Olimpíadas.

Quase lá
Só mesmo uma surpresa do tamanho de um tsunami impedirá que a dupla Robert Scheidt e Bruno Prada ratifique, na classe Star, a vaga olímpica para Pequim, a partir de hoje, na Baía da Guanabara, durante a disputa da Seletiva Brasil de Vela. Também estarão competindo barcos das classes Finn, 470 (feminino) e RS:X (masculino).

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