Esporte individual com mais medalhas olímpicas no Brasil, com 22 no total, sendo quatro ouros, três pratas e 15 bronzes, o judô é uma das modalidades que mais gera expectativa para os Jogos de Tóquio-2020. Brasileiro com melhor ranking mundial na categoria até 73 kg, o judoca Eduardo Barbosa está focado e quer manter evolução que vinha apresentando antes da paralisação por conta da pandemia de coronavírus.
“Estava em uma crescente em 2019 e neste início de 2020. Sofri uma lesão grave em abril do ano passado e fiquei afastado por dois meses. Só retornei do meio para o final da temporada e estava voltando com ritmo de competição mais forte, viajando bastante e ganhando bagagem”, disse.
“Estou focado e quando passar essa crise de coronavírus vou conseguir manter essa evolução e continuar firme em meu objetivo”, completou Barbosa em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia. O atleta sofreu uma fratura na mão esquerda e precisou passar por cirurgia.
+ Eduardo Barbosa aponta lado positivo de adiamento dos Jogos
Após confirmação do adiamento, o Comitê Olímpico Internacional (COI) divulgou a nova data dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que será realizado de 23 julho a 8 de agosto de 2021.
“Por enquanto minha equipe não conseguiu montar um planejamento exato para a Olimpíada do ano que vem. Ainda não sabemos quais competições serão disputadas e quais serão canceladas. Por isso, está muito difícil fazer um planejamento. Neste momento temos que manter nossa preparação física e mental”, disse o judoca.
Cursos online e leituras no período de quarentena
A pandemia de coronavírus paralisou todo o esporte no Brasil e em quase todos os países do mundo. Por aqui, os atletas brasileiros estão confinados em quarentena. Com dificuldade de realizar treinos específicos de sua modalidade, o judoca se vira como pode para manter o físico e usa o restante do tempo com atividades em busca de conhecimento.
+ SIGA O OTD NO FACEBOOK, INSTAGRAM, TWITTER E YOUTUBE
“Está sendo bem difícil para todo mundo, mas estou aproveitando o momento para ficar em casa. Até então estava viajando muito, quase não parava em casa. Na parte física estou conseguindo manter forte e meu preparador conseguiu elaborar um treino direcionado para essa situação. Consegui pesos para treinar em casa”, explicou Barbosa.
Se por um lado a parte física está em dia, por outro a técnica sofre com a interrupção dos treinos. “A parte de judô fica mais difícil, já que é um esporte que precisa do outro para treinar, sozinho fica bem limitado. Além dos treinos, nos horários vagos aproveito para fazer alguns cursos online e leituras com intuito de manter meus dias produtivos dentro de casa”, concluiu o atleta.