O surto de coronavírus que vem se espalhando no planeta tem trazido algumas sérias consequências no esporte mundial, ainda mais se tratando de um ano olímpico. Isso porque, várias das modalidades terão as suas definições de classificados afetadas devido ao grande número de cancelamento de eventos graças à pandemia.
O judô é uma das modalidades mais afetadas nesse sentido. Inicialmente, o ranking olímpico contaria pontos até maio. No entanto, a Federação Internacional de Judô já divulgou que este prazo será estendido por mais 30 dias, por conta da série de eventos do circuito mundial que foram cancelados nesse período.
Para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 estão previstos 386 lutadores disputando 14 categorias individuais (masculinos: -60kg, -66kg, -73kg, -81kg e -90kg, -100kg, +100kg e feminino: -48kg, -52kg, -57kg, -63kg, -70kg, -78kg e +78kg) além de competições por equipes.
Dessa forma, cada país deverá contar com 14 participantes na competição, sendo estes os atletas mais bem ranqueados pela Federação Internacional de Judô em cada categoria. Há ainda mais 10 vagas masculinas e 11 femininas que serão definidas pelo ranking continental das Américas.
Até o momento do cancelamento dos eventos, o Brasil conta com 10 homens e nove mulheres na zona de classificação rumo a Tóquio, sendo que a briga pela melhor colocação do país segue acirrada em algumas categorias.
David Moura ressalta preocupação com treinos e prevenção contra coronavírus
Uma dessas disputas que deve se manter até o fechamento do ranking ocorre entre os peso pesados masculino, em que Rafael Silva aparece como o sexto colocado do ranking, enquanto David Moura é o nono.
Moura explicou, em entrevista exclusiva ao Olimpíada todo dia, como tem sido a sensação de estar impedido de competir num momento tão crucial do ciclo olímpico visando os Jogos de Tóquio 2020 e ressalta a importância dos atletas se manterem saudáveis nesse momento.
“Os eventos cancelados trazem pra gente uma enorme ansiedade. Uma angústia por não saber exatamente o que vai acontecer. A gente ainda tem algumas competições previstas num primeiro momento. Porém, acho que nesse momento o nosso objetivo tem que ser algo que a gente tem como controlar. Acho que todo atleta tem que se preocupar em se prevenir e tentar manter de alguma forma uma rotina de treino”, avaliou o lutador.
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Com o ranking adiado até o final do mês de junho, o judoca prevê a disputa de mais quatro competições para tentar conquistar a vaga olímpica, caso não ocorram mais adiamentos. Mesmo sem ter certeza de como as coisas estarão no futuro, David Moura segue se preparando através de treinamentos realizados em casa.
“A gente sabe da dificuldade de muitos atletas, já que vários clubes estão fechando as portas e os atletas estão tendo de treinar em casa. Eu tenho uma situação bem privilegiada porque eu tenho uma estrutura para realizar os treinamentos direto na minha residência. Isso facilita porque eu consigo fazer minha preparação física praticamente sozinho graças a isso tudo. Até o momento a Olímpiada segue prevista para julho e não podemos nos dar ao luxo de não treinar”, completou.