No segundo dia de competições do Grand Slam de judô de Dusseldorf, na Alemanha, mais um saldo negativo para o Brasil. Neste sábado (22) de Carnaval, depois de estrear na competição sem conquistar medalhas, mais sete brasileiros estiveram em ação e, novamente, nenhum subiu ao pódio.
Não só não subiram ao pódio como ficaram longe dele. Nenhum dos atletas conseguiu avançar para além da terceira rodada. Até aqui, considerando os dois dias de competição, o melhor resultado segue sendo o de Daniel Cargnin, que terminou em sétimo lugar (eliminado na primeira rodada da repescagem).
+Brasil estreia no Grand Slam de Dusseldorf sem medalhas
Feminino muito abaixo
Nos dois dias do Grand Slam, nove brasileiras estiveram no tatame e sete delas foram eliminadas logo na primeira luta. As outras duas, foram responsáveis pelas únicas vitórias até aqui. Ketelyn Nascimento venceu, na sexta-feira, uma atleta de Madagascar, e Ellen Santana, no sábado, superou uma atleta da equipe de Refugiados. Ambas, porém, foram eliminadas na sequência.
Ellen entrou direto na segunda rodada da categoria até 70kg e estreou superando Oula Dahouk por ippon. Na terceira rodada, encarou a japonesa Chizuru Arai, sofreu um ippon logo de cara e depois mais um waza-ari, se despedindo da competição.
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Na mesma categoria, Maria Portela também entrou direto na segunda rodada, mas deu adeus ao torneio logo na estreia ao ser derrotada por waza-ari pela russa Alena Prokopenko.
Finalizando a participação feminina brasileira neste sábado, mais duas atletas na categoria até 63kg. Tanto Ketleyn Quadros, como Alexia Castilhos entraram direto na segunda rodada da chave e ambas foram eliminadas logo na estreia.
Ketleyn foi derrota pela húngara Szofi Ozbas, atual campeã mundial júnior, apenas no Golden Score, por ippon. Já Alexia foi superado pela estadunidense Alishia Galles por um waza-ari e um ippon.
Masculino também decepciona
Três brasileiros estiveram em ação neste sábado. Ao todo, foram seis lutas e apenas três vitórias, duas de Charles Chibana e uma de Eduardo Katsuhiro, na categoria até 73kg.
Chibana estreou vencendo o angolano Manuel Agostinho na primeira rodada por waza-ari. Na segunda, ele encarou Thato Lebang, de Botsuana, que levou três shidos e acabou dando a vitória ao brasileiro. Na sequência, porém, Chibana encarou o egípcio Mohamed Mohyeldin e sofreu o revés por waza-ari, dando adeus ao torneio.
Confira as vitórias de Chibana:
Eduardo Katsuhiro, por sua vez, entrou direto na segunda rodada e encarou o alemão Lukas Vennekold, que também levou três shidos, configurando vitória do brasileiro. Na rodada seguinte, Katsuhiro enfrentou o japonês Shohei Ono e desta vez, ele foi punido com três shidos, perdendo a luta e sendo eliminado do Grand Slam.
Veja a vitória de Katsuhiro:
Por fim, na categoria té 81kg, Eduardo Yudi entrou direto na segunda rodada e foi derrotado logo na primeira luta pelo francês Alpha Oumar Djalo. O brasileiro levou três shidos, um deles por falso ataque, e decretou a vitória do adversário e sua eliminação do Grand Slam.
O GRAND SLAM
O GS alemão é o segundo no ano, além de ser um dos torneios mais tradicionais do Circuito Mundial de Judô, distribuindo até mil pontos (campeão) no Ranking.
Na reta final da preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, a delegação brasileira foi em peso para Dusseldorf, levando 23 atletas no total. Destaque para Mayra Aguiar, que faz sua estreia na temporada 2020. A atual número 2 do mundo defende o ouro conquistado na última edição do torneio, em 2019.
O Grand Slam termina no domingo, com mais oito atletas do Brasil em ação: Mayra Aguiar (78kg), Suelen Altheman (+78kg), Beatriz Souza (+78kg), Rafael Macedo (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg), Rafael Buzacarini (100kg), Rafael Silva “Baby” (+100kg) e David Moura (+100kg).
HORÁRIOS
Preliminares – 6h, no domingo (de Brasília)
Finais – 13h (de Brasília)