O brasileiro Eduardo Yudy conquistou a medalha de bronze no Grand Prix de Tel Aviv nesta sexta (24). E foi em grande estilo. Na luta que valeu o pódio, ele literalmente catapultou o alemão Dominic Ressel nos primeiros segundos da disputa para conquistar o lugar no pódio.
Vale destacar que Ressel entrou na competição como o quinto no ranking mundial e segundo cabeça de chave no GP israelense. Eduardo Yudy (81kg) era o 27º no mundo antes de o torneio começar.
Com o resultado, Yudy soma 350 pontos do ranking nesta reta final da corrida por vagas nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Foi a segunda medalha de bronze que a seleção brasileira conquistou no GP de Tel Aviv. A primeira foi com Daniel Cargnin (66kg) na quinta-feira (23).
Aléxia Castilhos (63kg) também disputou a medalha de bronze nesta sexta, mas perdeu para a checa Renata Zachova e fecha o Grand Prix de Tel Aviv em quinto lugar, somando 252 pontos na corrida olímpica. Ela entrou como a sétima na sua categoria.
Cinco vitórias em seis lutas
A caminhada de Eduardo Yudy no GP de Tel Aviv começou com uma vitória sem maiores dificuldades contra o cipriota Aristos Michael, pela primeira rodada. Encaixou um waza-ari e logo depois conseguiu o ippon. Ele repetiu a dose na segunda luta, contra o Adrian Gandia, de Porto Rico.
Nas oitavas, pegou o português de naturalidade georgiana Anri Egutidze, 15º do mundo e quinto cabeça de chave no GP de Tel Aviv. O brasileiro abriu o duelo marcando um waza-ari e, logo a seguir, o rival foi eliminado por um movimento ilegal.
Yudy sobre preparação para Tel Aviv: “Hoje acordei bem. Normalmente, fico no fuso e acabo me desconcentrando. Com esse longo tempo que ficamos na Europa, consegui chegar bem e fazer meu jogo”#2020éJudo pic.twitter.com/fpqxqA5bUh
— CBJ (@noticiascbj) January 24, 2020
A disputa pela semifinal foi contra o russo Aslan Lappinagov, 13º do mundo e quarto cabeça de chave em Tel Aviv. Eduardo Yudy acabou tomando o ippon em um contra-ataque, após a segunda tentativa de uma mesma entrada. Na primeira ele quase havia pontuado.
A derrota mandou o brasileiro para a repescagem, onde ele derrotou o sul-coreano Lee Sungho, se qualificando para disputar o lugar no pódio contra o alemão Dominic Ressel, que havia eliminado João Macedo nas oitavas.
Castilhos na trave
Aléxia Castilhos entrou na competição como cabeça de chave e passou como um raio pelas três primeiras lutas. Estreoua contra Sandrine Billiet, de Cabo Verde, depois pegou a israelense Inbal Shemesh e no terceiro duelo enfrentou a sul-coreana Han Hee Ju nas quartas. Venceu as três por ippon ainda nos primeiros segundos.
E foi cada vez mais rápida. A primeira luta levou 49 segundos, a segunda foi decidida em 45 e a terceira em 31 (assista abaixo). Mais do que isso, na segunda e na terceira, antes de encaixar os dois golpes perfeitos, Aléxia já havia marcado um waza-ari em cada luta. Assim, a brasileira aplicou cinco golpes em 125 segundos, ou 2min05s, somados os três duelos.
Na semifinal, porém, parou na canadense Cristine Pinard. Primeiro tomou um waza-ari e, nos últimos segundos, no desespero de empatar, acabou sofrendo o ippon e foi disputar o bronze contra Zachova.
Mais seis brasileiros
Outros seis brasileiros participaram do segundo dia do Grand Prix de Tel Aviv. Eduardo Katsuhiro (73kg) e João Macedo (81kg) venceram as duas primeiras, mas acabaram eliminados nas oitavas de final.
David Lima (73kg) e Maria Portela (70kg) venceram a primeira e perderam na segunda rodada. No caso de Portela, a luta valia pelas oitavas de final, pois que ela entrou como cabeça de chave na competição.
Já Ellen Santana (70kg) e Ketleyn Quadros (63kg) foram derrotadas logo de cara, na primeira luta, ambas válidas pela segunda rodada do GP de Tel Aviv.
Brasil no último dia
No terceiro e último dia do Grand Prix de Tel Aviv, no sábado (25), lutam Samanta Soares (78kg), Rafael Macedo (90kg), Giovani Ferreira (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg) e Rafael Buzacarini (100kg). O OTD acompanha ao vivo os três dias de competição.
O Grand Prix de Tel Aviv é o primeiro da temporada e vale pontos importantes na corrida para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. O ranking que servirá de base para a definição das vagas será fechado após o World Masters de Doha, no Catar, no final de maio. A definição da seleção brasileira deve sair entre 1º e 2 de junho.