8 5
Siga o OTD

Judô

Macedo e Yudy vão ao pódio e avançam na corrida olímpica

Rafael Macedo e Eduardo Yudy conquistam medalhas no Aberto da Oceania e avançam na corrida olímpica

Rafael Macedo, do judô
arquivo/IJF

Os brasileiros Rafael Macedo e Eduardo Yudy conquistaram medalhas de prata e bronze no Aberto da Oceania de judô, em Perth, nesta segunda-feira (4), somando pontos importantes na corrida para os Jogos de Tóquio 2020.

Beatriz Souza também competiu nesta segunda, ficou com a medalha de bronze, mas está distante da compatriota Maria Suelen Altheman na disputa pela vaga brasileira na categoria dos Pesados.

As vagas para os Jogos Olímpicos são distribuídas aos 18 melhores do ranking mundial ou por meio das cotas continentais, respeitando-se o limite de um atleta por país. O Japão tem direito a duas vagas por ser o país sede.

O Aberto da Oceania distribuiu pontuação de Grand Prix, o que atraiu a atenção dos atletas brasileiros. No primeiro dia do torneio, realizado na Austrália, a seleção não chegou a disputar medalhas.

Macedo e Yudy

Para Rafael Macedo a competição continental rendeu 490 pontos no ranking mundial da categoria Médio (90kg). Ele agora soma 3.240, subiu da 15ª para a 14ª colocação e, como é o melhor brasileiro na lista, estaria nos Jogos de Tóquio 2020 caso a corrida fosse encerrada hoje.

Rafael Macedo no pódio do Aberto da Oceania de judô
Rafael Macedo no pódio do Aberto da Oceania (divulgação)

Eduardo Yudy avançou três posições na Meio Médio (81kg) e está com 2.524 pontos na 21ª colocação. Respeitando-se o limite de um por país ele aparece na 15ª posição, o que também lhe garantiria hoje vaga pois é o melhor atleta do país na categoria.

Tudo no ippon

Todas as quatro lutas que Rafael Macedo fez na Austrália foram decidas por ippon. Ele venceu as três primeiras, sendo a estreia na segunda rodada contra Iniki Uera, de Nauru, país localizado em um pequena ilha no meio do Pacífico, pertencente à Oceania.

Depois derrotou Tomasz Szczpaniak, da Polônia, e venceu na semifinal o israelense Li Kochman. Na final reencontrou Mikhail Igolnikov, russo batido por ele na final do Mundial Júnior de 2014. Dessa vez, o rival levou a melhor e ficou com o ouro.

O pódio no Aberto da Oceania foi o quarto de Rafael Macedo no ano pela seleção. Foi prata no Campeonato Pan-Americano de judô e bronze no Grand Slam de Ecaterimburgo, na Rússia, e no Grand Prix de Montreal, Canadá. Também disputou o Mundial e os Jogos Pan-Americanos.

“Primeiramente, agradeço a Deus pelo dia de hoje. Foi uma competição muito forte, fiz boas lutas e conquistei pontos importantes para a classificação olímpica. Mas não estou satisfeito com o resultado. O trabalho continua firme e forte em busca dos próximos objetivos”, disse.

Vitória sobre o número 4

Eduardo Yudy venceu Joshter Andrew, de Guam, na punição na estreia. Depois aplicou ippon contra Damian Stepien, da Polônia, e voltou a vencer nas penalidades, desta vez Murad Fatiyev, do Azerbaijão, nas quartas.

Eduardo Yudy, no judô dos Jogos Pan-Americanos
Yudy (Abelardo Mendes Jr/rededoesporte.gov.br/arquivo)

Na semifinal acabou batido pelo russo Aslan Lapinagov, número sete do mundo, e foi para a disputa de bronze, onde derrotou o turco Vedat Albayrak, número quatro do mundo.

+ INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL NO YOUTUBE

Beatriz Souza

Beatriz Souza lutou três. Venceu a australiana Sydnee Andrews na estreia e foi para a semifinal. Lá perdeu para Rochele Nunes, brasileira que luta por Portugal, e na disputa pelo bronze derrotou a espanhola Sara Alvarez.

Ainda com 21 anos, Beatriz Souza está distante da vaga olímpica para Tóquio 2020. Apesar de ser a sétima do mundo no judô, com 4.894 pontos, está bem atrás de Maria Suelen Altheman, a terceira com 6.150.

Além de Rafael Macedo e Beatriz Souza, lutaram para o Brasil no segundo dia do Aberto da Oceania Ellen Santana (70kg), Camila Ponce (78kg), Victor Penalber (81kg) e Luis Lima (100kg). Todos foram eliminados nas oitavas de final.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

Mais em Judô