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Judô

Ney Wilson faz balanço do Grand Slam e projeta briga interna

Para Ney Wilson, gestor de Alto Rendimento da Confederação Brasileira de Judô, atuar em casa foi determinante para bom resultado do Brasil

Ney Wilson faz balanço do Grand Slam de judô e projeta briga interna
Abelardo Mendes Jr/Rededoesporte.gov.br

A Seleção Brasileira de Judô encerrou, na última terça-feira, 8, sua participação no Grand Slam de Judô Brasília 2019, evento que voltou ao país sete anos após a última edição, no Rio, em 2012. Com 17 medalhas, o país liderou o quadro geral da competição, seguido por Japão, Grã-Bretanha, Cuba e Itália, respectivamente, com destaque para os ouros de Allan Kuwabara (60kg), Daniel Cargnin (66kg), Ketleyn Quadros (63kg) e Beatriz Souza (+78kg).

Para o gestor de Alto Rendimento da Confederação Brasileira de Judô, Ney Wilson, o resultado dos atletas brasileiros foi bastante positivo, principalmente pelo nível da competição e pelo alto número de pódios.

“Em quatro edições de Grand Slam neste ano conquistamos 14 medalhas. E só neste, em Brasília, conseguimos 17. Tivemos uma participação sensacional, os atletas estão de parabéns por tudo que conquistaram e a gente sai muito orgulhoso do trabalho feito. Vocês viram que o Grand Slam tinha vários medalhistas olímpicos, vários campeões mundiais. Com certeza foi o Grand Slam mais forte que realizamos aqui no país e isso valoriza bastante as conquistas dos nossos judocas”, disse Ney.

O judô brasileiro foi representado por 56 atletas na competição, e teve quatro judocas por categoria, pelo fato de ser o país sede do evento. Entre eles, 24 estreantes em Grand Slam: Laura Ferreira, Eduarda Francisco e Natasha Ferreira (48kg); Yasmim Lima, Maria Taba (52kg); Ketelyn Nascimento, Vitória Andrade (57kg); Renan Torres, Allan Kuwabara (60kg); Ryanne Lima (63kg); Luana Carvalho (70kg); Juninho Bomba (73kg); Guilherme Guimarães, Guilherme Schimidt (81kg); Camila Ponce, Giovanna Fontes (78kg); Sibilla Faccholli, Luiza Cruz (+78kg); Cleyanderson Silva, Igor Morishigue (90kg); André Humberto, Lucas Lima (100kg); Tiago Palmini, Juscelino Junior (+100kg).

Desses, Kuwabara foi ouro e Ketelyn, prata. A corrida por uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio seguirá acirrada, e a comissão técnica espera aquela “dor de cabeça” boa na escolha dos atletas.

“Os resultados que a gente alcançou só acirra ainda mais a briga pela vaga olímpica e eleva o nível dos nossos atletas. Agora temos um problema, mas que é um problema bom. Vários judocas dentro do ranking olímpico é algo excelente para nós”, disse o gestor de Alto Rendimento, ratificando que atuar em casa foi um fator determinante para os os bons resultados dos atletas brasileiros.

“Lutar em casa sempre é bom para o Brasil, sempre temos bons resultados. O calor e o apoio da torcida com certeza contribuíram. E também não precisamos nos deslocar e buscar adaptação, aclimatação. Esse desafio foi para os nossos adversários, e acredito que nos favoreceu durante o Grand Slam”, concluiu Ney Wilson.

Nesta quinta, 10, a Federação Internacional de Judô publicou o ranking mundial atualizado com os pontos distribuídos em Brasília e grande parte dos judocas que foram bem no Grand Slam ganharam posições significativas no ranking. Destaque, por exemplo, para o meio-leve Willian, que deu um salto de 297 posições com o bronze conquistado na Capital Federal, e para o ligeiro Allan Kuwabara, que subiu 157 posições. Medalhista de prata, a novata Ketelyn Nascimento (57kg) subiu 74 posições e David Lima (73kg), que também ficou com o segundo lugar, subiu 36.

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