Em cerimônia realizada nesta quinta-feira, 12, no Palácio do Buriti, sede do Governo do Distrito Federal, autoridades locais e esportivas, ao lado de uma centena de crianças e jovens judocas de academias e projetos sociais de Brasília conheceram, em primeira mão, as medalhas e a mascote oficial do Grand Slam de Brasília 2019. Em votação online realizada por meio do site da CBJ o público escolheu o Lobo-Guará como mascote do evento. Ele acumulou 52,99% dos votos, contra 28,30% da Jaguatirica e 18,71% para a Arara-Azul.
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Nos dias 06, 07 e 08 de outubro, a capital federal sediará a competição de judô mais importante das Américas. A expectativa é de que o Grand Slam receba, no Centro Internacional de Convenções do Brasil, cerca de 400 judocas de aproximadamente 60 países, número recorde em eventos desse nível já realizados pela Confederação Brasileira de Judô.
“O Grand Slam de Brasília é o primeiro grande evento da nossa modalidade aqui no Brasil pós-ciclo olímpico Rio 2016 e recoloca o Brasil novamente no Circuito Mundial IJF, proporcionando aos nossos atletas a possibilidade de somar pontos importantes na corrida pela classificação a Tóquio 2020”, pontuou o presidente da CBJ, Silvio Acácio Borges.
“Além disso, é muito importante para nós realizarmos esse grande evento no ano que marca os 50 anos de fundação da CBJ tão bem representada aqui hoje por toda essa comunidade de judogi”, destacou.
O evento foi prestigiado por diversas autoridades, como o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha; a senadora Leila Barros; o secretário de Esporte e Lazer do Distrito Federal, Leandro Cruz; o vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Marco La Porta; a gerente de esportes da Federação Internacional de Judô (FIJ), Lisa Allan, e o produtor executivo da FIJ, Claudiu Chimoiu; por parlamentares federais e distritais, assim como diversos membros do Ministério da Cidadania.
“Estamos levando Brasília para o mundo por meio do esporte. Quantos milhares de empregos não estamos gerando numa iniciativa como essa? Quantas pessoas vão trabalhar no evento? Quantos milhões de reais a cidade vai arrecadar com hotéis, turismo, restaurantes? Eu não consigo imaginar que as pessoas não vejam isso como investimento em que todos podem participar e colher os frutos”, defendeu o governador Ibaneis.
“A comunidade do judô de Brasília abraçou esse evento e estará presente do dia de hoje, dia de lançamento desse evento, ao último dia, ao último judoca a pisar no último shiai jo. A comunidade de Brasília, do judô e de todas as artes marciais lotarão cada centímetro quadrado daquela arena”, projetou o secretário Leandro Cruz.
Grandes judocas, senseis e professores kôdanshas de Brasília também marcaram presença no Palácio do Buriti capitaneados pelo presidente da Femeju, Luiz Gonzaga Filho. Nomes como Takeshi Miura, José Mario Tranquilini, Robert Marques, o árbitro FIJ A André Mariano, entre outros, engrandeceram e reforçaram ainda mais o grupo de judocas que se apresentaram para o evento portando seus judogis, faixas pretas, corais e vermelhas, demonstrando a força e tradição do judô candango.
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“Foi muito bonito. O pedido que o judô fez a seus atletas, professores e todos atenderam de pronto. A nossa expectativa é muito grande, até porque é um grande evento. Brasília está preparada, a estrutura, os atletas, o pessoal para trabalhar. Além do judô ser um esporte de bem estar, nós somos aqui uma grande família e vamos lotar o ginásio todos os dias”, garantiu o presidente da Federação Metropolitana de Judô.
Ketleyn Quadros e Luciano Corrêa, ídolos forjados nos dojôs de Brasília
A medalhista olímpica Ketleyn Quadros e o campeão mundial Luciano Corrêa foram também convidados de honra do evento e destacaram a importância do Grand Slam de Brasília, tanto no campo esportivo e de alto rendimento, quanto no aspecto social.
“Esse Grand Slam será muito importante para todos os atletas, principalmente para aqueles que estão no processo olímpico. Sem dúvidas, serão pontos importantes, uma competição muito forte, uma das mais fortes internacionalmente. E é uma honra termos esse evento aqui na nossa casa, em especial em Brasília onde eu tenho um carinho muito grande, onde eu comecei a dar os meus primeiros passos”, lembrou Ketleyn.
“É um dia histórico e emocionante para todos nós, que somos do judô não só brasileiro mas do judô brasiliense, que é um celeiro de grandes judocas. O esporte pode transformar a vida de todas essas crianças que vão estar assistindo e podem ficar cada vez mais motivadas. Então, parabéns a todos vocês, governador, secretário de Brasília, a Confederação Brasileira de Judô, com esse acerto e essa parceria, que vai ser um grande evento que vai alavancar o lado do alto rendimento e, principalmente, na ferramenta de inclusão social, que é o esporte”, ressaltou Luciano, que comanda um projeto social em Belo Horizonte, o Instituto Arrasta, com aulas de judô gratuitas para crianças e adolescentes.
Os dois judocas são naturais de Brasília e construíram sobre o tatami parte da história do judô brasileiro. Ketleyn é a medalhista olímpica pioneira entre as modalidades individuais do Brasil graças ao bronze conquistado em Pequim 2008 e segue lutando para buscar uma vaga nos Jogos de Tóquio 2020. Luciano, que hoje atua como técnico no Minas Tênis Clube, foi bronze no Mundial do Cairo, em 2005, e ouro no Mundial do Rio, em 2007, além de representar o Brasil em duas edições de Jogos Olímpicos (2008 e 2012).
O Grand Slam de Brasília começará oficialmente no dia 05 de outubro com o sorteio das chaves no CICB. Os combates acontecerão nos três dias seguintes, 06, 07 e 08. A seleção brasileira contará com 56 atletas cujos nomes serão definidos após as disputas do Troféu Brasil Interclubes de Judô, que também será em Brasília, nos dias 20 e 21 de setembro.