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Judô

Brasil chega inteiro nas finais, mas sai sem medalha nos pesados

Rafael Silva, Maria Suelen Altheman, David Moura e Beatriz Souza chegaram a disputar o bloco final de lutas, mas nenhum deles conseguiu medalha

Beatriz Souza no Mundial de Judô
Lesionada, Bia não conseguiu enfrentar Sayit (Gabriela Sabau/IJF)

Os quatro brasileiros da categoria Pesado chegaram ao bloco final de lutas do sétimo dia do Mundial de Judô de Tóquio. Rafael Silva, Maria Suelen Altheman e Beatriz Souza fizeram a disputa do bronze, mas perderam e fecharam o sábado (31) na quinta colocação. David Moura caiu na repescagem e ficou em sétimo.

Na madrugada deste domingo é a vez do torneio por equipes, que encerra o Mundial. O ao vivo aqui no Olimpíada Todo Dia começa à 00h30. As lutas começam à 1h.

Das três derrotas nas disputas pelo bronze a mais doída foi de Beatriz Souza. Literalmente. Ela sofreu uma lesão logo na primeira movimentação do combate contra a Kayra Sayit. As duas foram ao solo e a turca caiu sobre o joelho da brasileira, que até tentou seguir, mas, sem condições, acabou sofrendo o ippon e chorou demais.

Beatriz Souza chegou na luta do bronze após perder nas quartas para a cubana Idalys Ortiz e vencer na repescagem Iryna Kindserska, do Azerbaijão. Antes derrotou na estreia Nina Cutro-Kelly, dos Estados Unidos, e a húngara Mercedesz Szigetvari nas oitavas de final.

+ Confiram todos os resultados dos brasileiros em Tóquio

Idalys Ortiz tirou também Maria Suelen Altheman da rota do ouro. A cubana venceu na semifinal e mandou a brasileira para a disputa do bronze. Lá, Maria Suelen perdeu para a então campeã mundial Sarah Asahina, do Japão.

Maria Suelen Altheman no Mundial de Judô

Maria Suelen perdeu o bronze para a japonesa Asahina (Gabriela Sabau/IJF)

Foi a 17ª vitória de Ortiz em 17 confrontos contra Maria Suelen. A cubana é uma lenda do judô. Além da final deste sábado em Tóquio, que perdeu, ela fez outras três em mundiais com duas vitórias. O currículo tem também presença nas duas últimas finais olímpicas, ganhou a de 2012, e um bronze nos Jogos de Pequim. Lutou ainda as três últimas finais de Masters, ganhando em 2016, e em Grand Slams já são 14 pódios.

Maria Suelen entrou no Mundial de Judô com duas pratas. Nas classificatórias superou a chinesa Yan Wang e, a seguir, passou por Melissa Mojica, de Porto Rico. Nas quartas eliminou Iryna Kindzerska, do Azerbaijão, e se classificou para enfrentar Ortiz.

+ Confiram o quadro de medalhas do torneio

Rafael Silva e David Moura

Na chave masculina tanto Rafael Silva, quanto David Moura tiveram o mesmo desempenho nas classificatórias. Venceram suas duas primeiras lutas e caíram nas quartas, indo para a repescagem. De lá só Rafael Silva seguiu para a disputa do bronze, onde acabou perdendo por ippon para o sul-coreano Kim Minjong.

Há dois meses aproximadamente, Rafael Silva fraturou a mão esquerda em treino no Japão e passou por cirurgia. “Faltou um pouco de força. O limite dele estava melhor, mas eu estou feliz com o resultado, voltando dessa lesão. Vou brigar pela vaga olímpica. Queria terminar melhor, é claro. Eu tentei inverter o golpe dele, não consegui e, nesse detalhe, perdi a luta. Fiquei feliz de deslanchar na competição e brigar pela medalha. Competição por competição, eu vou tentar melhorar”, projetou ao sair do tatami.

Rafael Silva no Mundial de Judô

Rafael Silva lutou após operar a mão esquerda (Gabriela Sabau/IJF)

A campanha de Rafael Silva começou com vitória sobre o bósnio Harun Sadikovic e o romeno Vladut Simionescu. Nas quartas de final perdeu nas punições para o japonês Hisayoshi Harasawa.

David Moura venceu o saudita Rakan Zaidan na primeira rodada de, a seguir, e o esloveno Vito Dragic por ippon. Na briga pela semi caiu para o mesmo Kim Minjong após começar vencendo por waza-ari.

Na repescagem, perdeu para o holandês Roy Meyer após sofrer uma imobilização. “Errei e paguei o preço. Eu não esperava mais perder no chão assim. Acabou que meu braço sobrou ali”, falou ao sair do tatame para o repórter Carlos Gil, do SporTv. Foi a quinta luta entre ambos e a primeira vitória de Meyer.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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