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No dia dos pais, David Moura tenta o bi com pai e filho na torcida

Brasileiro do judô nem vinha para Lima, mas acabou escalado após lesão de Rafael Silva e pode viver no último dia do Pan um dos dias mais especiais de sua vida

David Moura, do judô, nos Jogos Pan-Americanos
Washington Alves/COB

Um dos grandes focos da carreira de David Moura, talvez o maior, é vencer o francês Teddy Riner, o grande nome do judô atualmente invicto há mais de dez anos. Eles podem se encontrar no Mundial de Tóquio, em agosto, e visando se preparar para esse campeonato o brasileiro pediu dispensa da seleção que veio aos Jogos Pan-Americanos.

Mas o destino não quis que ele ficasse fora e talvez tenha guardado para Lima um dos dias mais especiais da carreira do brasileiro. Isso porque ele acabou sendo convocado após a lesão de Rafael Silva, seu companheiro de categoria, e agora vai lutar no domingo (11), dia dos pais, com seu pai e seu filho na torcida, além da mãe e esposa.

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“É a primeira vez que eu vou lutar na frente do meu filho. Eu já percebi que eu sempre trago muitos bons resultados quando eu estou feliz e eu estou muito feliz. Nem sempre eu posso falar isso, então eu não tenho dúvida de que um bom resultado vai vir”, falou nesta quarta (7), logo após um treino com a seleção na Villa Deportiva Nacional, a Videna, onde serão realizadas as lutas de judô nos Jogos Pan-Americanos de Lima.

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Ele vai tentar o bicampeonato, já que venceu os Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015, título que ele mesmo admite ter mudado a sua vida. Curiosamente, exatos quarenta anos antes seu pai, Fenelon Oscar Muller, foi medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos do México.

David Moura, do judô, nos Jogos Pan-Americanos

Washington Alves/COB

“Minha família é muito tranquila. Meu pai foi atleta, sabe como que é. Não tem pressão nenhuma. Ele foi meu professor de judô, mas ele entende que professor de judô e técnico são duas coisas bem diferentes. Ele é um parceirão, me apoia em tudo”, fala, sobre o pai.

“Maravilhoso”

David Moura refere-se com orgulho a seu pai, mas é quando fala do filho João que o olhar vai longe, como se encontrasse os sentimentos mais puros de sua vida. “Está sendo uma experiência sensacional. Uma felicidade. O mundo muda, as importâncias mudam. Hoje eu luto pensando que meu filho vai ter orgulho de mim e antes não tinha isso”, fala.

De repente, aquele atleta gigante, em tamanho e performance, parece esquecer do judô. “Às vezes a gente apanha, viaja o mundo inteiro, perde, volta e ele não quer saber se eu ganhei ou perdi. Ele vem, me abraça, me beija. Ele não está preocupado com nada que a gente está preocupado. Ver isso e vivenciar isso está sendo fantástico”, conta.

Se o jovem João, de apenas um ano e dez meses, já conhece os tatames? “Claro, até quimono ele já vestiu”, conta. “Eu espero que ele seja judoca, não sei se vai ser competidor, isso é ele quem vai decidir, mas um judozinho ele vai fazer”.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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