Aos 20 anos de idade, Larissa Pimenta talvez tenha virado o maior destaque da nova geração de judocas da Seleção Brasileira. A atleta do Esporte Clube Pinheiros cresce a cada competição e também já brilha em torneios pelas Américas, gerando alta expectativa para o rendimento que está por vir no Pan de Lima. A estreia dela pela equipe adulta do Brasil aconteceu justamente em 2019. Com pouco tempo de carreira, a jovem vira realidade a cada disputa. Em conversa com o Olimpíada Todo Dia, ela ainda demonstrou timidez nas primeiras entrevistas cedidas como profissional de alto nível, mas chega confiante para os Jogos Pan-Americanos.
Na temporada, Larissa Pimenta registra números importantes. Em dez campeonatos disputados no ano, foram incríveis sete pódios: três medalhas de ouro e quatro de bronze. Os títulos conquistados vieram exatamente em desafios pan-americanos. “Na verdade eu não esperava ver isso acontecer tão rápido. Foi um processo que eu plantei há alguns anos atrás. Eu comecei nova no Pinheiros no processo de alto rendimento. Eu tive oportunidades e consegui agarrá-las. Acho que nada foi sorte, eu não surgi do nada. Eu vim de um processo de base muito bom e um trabalho muito forte”, declarou.
Apesar da pouca idade, o sonho olímpico toma os pensamentos de Larissa. Ela foi convocada pela Confederação Brasileira de Judô para o Campeonato Mundial da modalidade, com início em agosto. Como não poderia ser diferente, a preparação é voltada para Tóquio 2020. “A maior expectativa a longo prazo são os Jogos Olímpicos. Acho que esse trabalho que eu estou fazendo e esses resultados que eu estou tendo fazem parte do processo para os Jogos Olímpicos. Eu estou me sentindo bem. Eu tenho que melhorar e trabalhar mais, mas eu estou no caminho certo para a Olimpíada”.
Em Toronto 2015, o Brasil voltou para casa com o melhor desempenho geral no judô. Se depender de Larissa Pimenta, a tendência é de que o retrospecto seja mantido para os Jogos Pan-Americanos no Peru. Enfrentar as possíveis adversárias anteriormente também é importante no momento do combate. “Estou com uma expectativa grande, estou bastante confiante. Há alguns meses atrás, eu fiz um Campeonato Pan-Americano e lutei bem. Lutei imaginando os Jogos Pan-Americanos. Deu tudo certo, me deu bastante confiança para chegar bem para Lima 2019. Eu lutei com atletas fortes, experientes, top 10 no ranking mundial. Foi uma competição que eu me superei”.
“O Campeonato Pan-Americano é muito parecido (com os Jogos Pan-Americanos). Ter lutado esse torneio foi muito bom em questão de adaptação. Lógico que não teve mídia, mas teve um nervosismo parecido com os Jogos Pan-Americanos e os Jogos Olímpicos. As atletas mais experientes me falaram que isso é bem parecido”, completou, relembrando o contato com as demais judocas da Seleção Brasileira.
